O Programa do Jô recebe esta noite a fadista portuguesa Carminho, depois de outros nomes lusos já terem passado pelo sofá de Jô Soares, entre eles César Mourão, entre outros. A cantora, que lançou recentemente o CD Alma, diz que ele é uma continuação dos álbuns anteriores, uma linha contínua sobre a sua vida. O CD traz uma mescla de fados tradicionais e novos, além de novas versões de duetos com Milton Nascimento, Chico Buarque e Nana Caymmi. «Quando eu cheguei ao Brasil pela primeira vez, tinha o sonho de poder cantar com Milton, Chico e Nana. Eu sinto-me maravilhada por ter tido a chance de realizar esse desejo», conta.
A cantora ainda fala que viveu uma situação muito engraçada quando foi apresentada a Milton Nascimento: «Nos conhecemos num jantar aqui no Brasil e ficámos sentados muito próximos. Eu estava envergonhada e ele também. Demorou um bom tempo até conseguirmos nos falar direito, mas nos tornamos bons amigos».
Carminho lembra um pouco a sua infância e conta que boa parte da sua juventude foi de convívio com o fado por causa da mãe. «Quando nos mudámos para Lisboa, a minha mãe sentia falta da proximidade de uma casa de fados. Foi então que ela decidiu abrir A Taverna do Embuçado.» A cantora conta que a casa de fados não foi a única influência vinda da mãe. «Durante as viagens de carro que fazíamos, ela até nos ensinava a cantar modinhas para evitar brigas entre os quatro irmãos», recorda a fadista.
A cantora também comentou com Jô Soares um pouco o cenário atual do fado. «É um estilo que se transforma sempre. Muita coisa está a ser criada em cima da tradição do fado, mas só o tempo vai nos mostrar o que fica de tudo isso».
Durante a entrevista, Carminho cantou trechos de Cais e Saudades do Brasil em Portugal. Já a abertura do programa foi ao som de Escrevi teu Nome no Vento. Esta entrevista será exibida esta noite, a partir das 22h00, no canal Premium da Globo.
