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Teresa Dimas apresenta série sobre as joias da coroa portuguesa: “Tudo isto é raro e foi um privilégio”

"Era uma prova de poder, era uma forma de fazer diplomacia e de fazer política."

Ana Ramos
4 min leitura
SIC

Teresa Dimas esteve, esta quarta-feira, na “Casa Feliz”, da SIC, para falar sobre a nova série da Opto acerca das joias da coroa portuguesa, “Brilhante”.

A jornalista apresenta a série que vai falar sobre seis das joias da coroa portuguesa que pertencem ao espólio do Museu do Tesouro Real, em Lisboa: “São centenas de peças e o museu está sempre a adquirir peças novas que aparecem, porque elas estão espalhadas por várias famílias. Volta e meia, aparece uma peça que pertencia à Casa Real Portuguesa”.

“Está na casa de alguém porque há joias do Estado, sempre pertenceram ao Estado e há joias que pertenciam à Casa Real e que se foram espalhando pelas famílias e, depois, assim que acabou a Monarquia em Portugal ainda mais se espalharam”, explicou Teresa Dimas.

“O rei tinha um cofre com diamantes do Estado e muitas destas peças chegam por correio. As rainhas e quem herdou este espólio souberam separar o que era do Estado e o que era da Casa Real. Muitas das peças chegam porque faziam parte do acervo de diamantes da Casa Real. Nós temos um tesouro, quem tem Monarquia não tem tesouro nenhum público porque é tudo da Casa Real”, indicou Teresa Dimas.

Teresa Dimas explicou que estas joias valem “milhões de euros” e que todo o processo de gravação e preparação dos conteúdos foi “muito complicado” e foi uma segurança o “triplo” mais apertada do que nos aeroportos.

“Em cada programa, temos um valor atribuído à peça, mas somos nós que andamos lá a perceber quanto é que poderia custar. Nenhuma peça aparece no mercado dos leilões. Isto é uma coisa que não existem duas no mundo”, acrescentou Teresa Dimas.

“Nestas joias ninguém lhes toca. Foram tiradas pela primeira vez do cofre. Algumas delas ainda tinham uns fiozinhos que se veem com a nossa câmara, porque tinham sido limpas e nunca mais ninguém lhes tocou. Portanto, não conseguimos sequer aproximarmo-nos. Só a câmara é que se aproximava. Tivemos de ensaiar todo o equipamento de filmagem para garantir que nada daquilo mexia e foram os seguranças que nos montaram as peças com a direção do museu”, descreveu Teresa Dimas.

Contudo, Teresa Dimas garantiu que “valeu a pena” e confessou que não estava preparada para o que viu: “Quando as trazem, é uma coisa inacreditável”.

“Tudo isto é raro e foi um privilégio”, sublinhou Teresa Dimas, referindo que estas joias são “únicas”. “Falam muito do que é que nós fomos, o que é que significou o descobrimento do Brasil, as minas de diamantes do Brasil e porquê que havia estas peças tão opulentas e porquê que eram assim. Era uma prova de poder, era uma forma de fazer diplomacia e de fazer política”, disse Teresa Dimas.

“A nossa ideia é, depois, fazer com outras joias, não só estas que pertencem ao Estado português, não só estas que estão em exposição, mas com outras em séries futuras, anunciou Teresa Dimas.

“É um apelo para que saiam de casa, porque nem tudo o que é conhecimento está na Internet. Há muitas distrações e não há nada como ver ao perto. (…) De cada vez que olhas para elas tens vontade de saber mais. E a história é isso, o que fomos, o que somos, explica muito do que somos e do que é que podemos ser”, rematou Teresa Dimas.

Veja aqui a conversa.