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‘Tabu’. Programa de Bruno Nogueira faz humor com pessoas com limitações físicas

A Televisão
5 min leitura

Este sábado, a SIC estreou ‘Tabu’, o programa que marca o regresso de Bruno Nogueira à televisão.

Bruno Nogueira está de regresso à televisão com o programa ‘Tabu’, na SIC. O formato pretende explorar temas que são à partida sensíveis para a sociedade, através do humor.

Na apresentação à imprensa, Bruno Nogueira e Daniel Oliveira falaram sobre o formato. “O Bruno consegue elevar esta ideia, que parte do princípio que ninguém está interdito ao humor, não é a diferença física de alguém que impede brincar com essa pessoa. E isso é respeitar a sua diferença. Este programa parte desse pressuposto. Durante uma semana, o Bruno vive com um conjunto de pessoas que tem uma situação de vulnerabilidade ou que vive em alguma condição que é tida como interdita, que brinquemos com ela.“, começou por dizer o diretor de programas da SIC.

Ao ouvir essas pessoas e ao nos apercebermos desses obstáculos, como essas pessoas estão inseridas na sociedade ou não, o Bruno cria um espetáculo de stand up, em que essas pessoas são as protagonistas e estão presentes na sala”, acrescentou.

“O que nós temos aqui é uma experiência social com humor, isto é, nós vamos olhar para a sociedade e para estas pessoas sem tabus, sem reservas, sem limites, diria (…) Acho que é bastante impactante e que vai ser bastante útil para a sociedade a forma como nós nos vamos aperceber de questões que, às vezes, parecem tão simples, mas não são, através do humor. (…) Portanto, estas pessoas são também protagonistas do programa”, reforçou.

Bruno Nogueira considera ‘Tabu’ um dos projetos mais desafiantes da sua carreira até ao momento e explica as “várias razões” que lhe despertou o interesse no formato. “Quando o Daniel me desafiou para fazer este programa, eu confesso que houve uma primeira vez em que eu não estava bem seguro. Era uma insegurança minha. Depois quando olhei com um olhar mais descomprometido, percebi que na verdade é um formato que me interessa por várias razões“, afirmou

“Uma delas é porque normalmente quando se faz humor sobre alguns temas mais sensíveis, as pessoas que se ofendem não têm muito a ver com o assunto de que se fala. Eu acredito que escolher não fazer humor com certos assuntos é, por si só, uma forma de discriminação. É achar que aquelas pessoas não têm capacidade de ouvir ou de se rir sobre o problemas delas. Portanto, este formato parece bastante justo nisso”, frisou.

“Não funcionaria se fosse eu a fazer stand up para uma plateia que não tivesse nada a ver com um assunto. Mas sim, o meu maior desafio, do Frederico e do Guilherme quando escrevermos stand up, era fazer com que aquelas pessoas que estavam ali, amigos, convidados, outras pessoas que sofriam da mesma condição se rissem daquilo. Eu acredito que há sempre um caminho qualquer que leva a que as pessoas se possam rir da sua condição”, acrescentou Bruno Nogueira.

O humorista fez questão de destacar o “acordo de cavalheiros” existente entre os convidados e a produção no tratamento de temas que são sensíveis para a sociedade.

“Para essas pessoas foi muito simples, o convite era muito claro e senti também uma certa vontade e urgência de poderem, de certa forma, normalizar uma coisa, que nos padrões de uma sociedade à partida sofre muita discriminação, eles estão habituados a isso. Mas há muitas coisas que nem eu desconfiava. Os deficientes físicos terem de entrar pela porta de cargas e descargas [de um restaurante], nunca me passaria pela cabeça, mas que faz sentido, havendo um degrau e havendo uma entrada que permite entrar uma palete, disse Bruno Nogueira.

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