O jornal Tal & Qual e a TVI24 noticiaram que as audiências estão sob suspeita de fraude. A SIC, atual líder na guerra das televisões, já ameaçou os dois órgãos de comunicação social com um processo.
O DIAP – Departamento de Investigação e Ação Penal – quer saber se existe algum tipo de fraude no apuramento das audiências que têm sido favoráveis à SIC. O canal é líder há 28 meses consecutivos, segundo a GfK, e a TVI até já veio colocar em causa a fiabilidade desta empresa, a mesma que, antes da mudança de paradigma na televisão nacional, atribuiu anos de vitórias à estação de Queluz de Baixo.
Segundo o Tal & Qual, jornal que regressou às bancas há apenas duas semanas, a investigação pretende apurar se existe algum tipo de manipulação nos valores que são tornados públicos pela GfK, a entidade a quem compete a medição das audiências. De sublinhar que o vencedor desta guerra televisiva, estatuto que atualmente é atribuído à SIC, favorece o canal em termos de receitas publicitárias.
Entretanto, e depois de a TVI24 noticiar também este assunto, a SIC já respondeu através de um comunicado. O canal de Paço de Arcos garante que não está par de qualquer investigação e reserva-se no direito de agir judicialmente contra a TVI e contra o Tal & Qual.
Leia aqui o comunicado:
«No seguimento da notícia publicada hoje no semanário Tal & Qual, e posteriormente veiculada pelo canal TVI24, na qual se diz que terá sido denunciada “uma combinação entre o grupo Impresa (SIC) e a empresa que mede as audiências para, alegadamente, aumentar artificialmente os números do canal de Francisco Pinto Balsemão”, o que terá despoletado uma investigação do DCIAP, a SIC e o Grupo Impresa informam que:
– não estão a par de qualquer investigação nem foram contactados pelas autoridades sobre este assunto;
– é absolutamente falsa, de má-fé e lesiva a acusação que o Tal & Qual e a TVI tentam fazer passar de concertação entre SIC e a empresa que mede as audiências para a CAEM, a GfK;
– tal como o resto do mercado, representado pela CAEM (que agrega anunciantes, agências e meios de comunicação social), exceto, aparentemente, a TVI, confiam no sistema de medição de audiências em vigor, algo que acontecia mesmo durante os anos em que a SIC não foi líder de audiências;
– reservam-se no direito de recorrer aos meios legais ao seu dispor para defender a sua reputação.»
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