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Sharam Diniz recorda período difícil: “Não tinha apetite, não dormia, tinha ataques de ansiedade”

“Foi uma fase menos boa que serviu para hoje estarmos aqui numa fase muito mais positiva."

Ana Ramos
4 min leitura
SIC

Sharam Diniz foi uma das convidadas do programa desta sexta-feira de Júlia Pinheiro e falou sobre uma fase difícil da sua vida.

Em 2018, a modelo deixou Nova Iorque e veio para Portugal para abraçar a representação e atuar na novela “Alma e Coração”. Contudo, a pandemia veio dar-lhe “assim um reality check”: “Agora o que é que vamos fazer? Porque eu achava que nunca mais ia voltar para a moda. Eu saio de Nova Iorque do género ‘adeus, moda, até nunca mais, agora, vou ser atriz’”.

“Mas eu acho que uma coisa vai sempre conciliar a outra e já me consciencializei, já aceitei que a moda vai comigo para o resto da vida, quer eu queira, quer não. Então, eu acho que vou abraçá-la. Porque acho que chegou a um momento em que eu estava assim um bocadinho – acho que se notou – ressabiada, aborrecida, chateada com a indústria (da moda)”, contou Sharam Diniz.

“As dietas rigorosas, aquela disciplina, ter as medidas muito certinhas… Mas, bem ou mal, graças às redes sociais, acho que também se deu essa evolução a nível de diversidade, a aceitação de modelos ‘plus size’. Hoje em dia, já não precisamos de estar super hiper mega magras”, continuou Sharam Diniz.

Sharam Diniz chegou a participar no desfile da Victoria’s Secret por duas vezes: “Acho que [o desfile] vai voltar, acho que vai ser melhor. Acho que vamos ter todo o tipo de corpos, uma maior diversidade, portanto, mostrar esse lado positivo da moda, da indústria”.

Contudo, entre um desfile e o outro, não foi chamada: “Na altura, eu lembro-me que eu continuava a trabalhar, felizmente, mas o meu fico era provar a mim mesma que eu podia e que eu conseguia fazer o show novamente”.

“Acho que foi a confirmação de que eu já estava um bocadinho cansada daquela vida, que era altura de abraçar um novo desafio”, acrescentou Sharam Diniz, referindo que chegou a ter acompanhamento psicológico online.

Sharam Diniz aconselhou toda a gente a ter acompanhamento psicológico e referiu que foi “ótimo” para a sua vida: “Nós somos muito as nossas emoções e, na nossa área, a gente tem de lidar com pessoas todos os dias, então, essa importância em saber conhecermo-nos melhor a nível interno das nossas emoções, tudo isso acaba por ser positivo para tudo aquilo que a gente quer atingir, seja na nossa vida pessoal ou até mesmo profissional”.

“Perdi peso, não tinha apetite, tinha o sono irregular, não dormia, tinha ataques de ansiedade, coisas que, na altura, eu não sabia identificar e só depois, então, de ter esse acompanhamento é que eu percebi que estava com depressão, que tinha ansiedade”, descreveu Sharam Diniz.

“Foi uma fase menos boa que serviu para hoje estarmos aqui numa fase muito mais positiva, com novos projetos a caminho”, acredita, referindo que essa fase menos boa fez com que valorize “mais o caminho percorrido e a meta atingida”.

“Acho que tinha de ser. Nenhuma tempestade dura para sempre. Há inseguranças, há medos, mas também há muita vontade de aprender, de conquistar, de vencer, de partilhar coisas boas, positivas. Alertar a geração que segue que queira seguir os seus sonhos. Há erros que não precisam de ser cometidos, que a gente já cometeu. A representação ensinou-me que nós aprendemos muito mais a ouvir do que a falar”, rematou Sharam Diniz.

Veja aqui uma parte da conversa.

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