Rogério Samora. Neurocirurgião explica tratamentos: “Quem está a respirar é um ventilador”

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Rogério Samora está internado nos Cuidados Intensivos do Hospital Amadora-Sintra desde o dia 20 de julho, a lutar pela vida. A TV Guia falou com um neurocirurgião que explicou o que está a ser feito pelo ator.

Rogério Samora, de 61 anos, está a lutar pela vida internado nos Cuidados Intensivos do Amadora-Sintra com “prognóstico reservado” desde o dia 20 de julho, dia em que sofreu uma paragem cardiorrespiratória durante as gravações da novela ‘Amor, Amor’, da SIC. A revista TV Guia falou com um neuro cirurgião que explicou o que está a ser feito numa tentativa de salvar a vida do ator.

Uma paragem cardiorrespiratória de 15 minutos implica um risco significativo de haver lesões cerebrais irreversíveis mas o aspeto positivo é que a paragem cardiorrespiratória foi revertida“, começou por dizer o neurocirurgião Bruno Lourenço Costa. O médico explicou ainda que “a partir do momento em que o coração e a respiração param, o cérebro é o órgão que está em risco. Deixa de receber o sangue que precisa para funcionar e para sobreviver…“.

Uma vez que o hospital onde o Rogério Samora está internado já negou que o ator esteja em morte cerebral, o Dr. Bruno explicou que isso pode significar que a situação é reversível. “O pior que pode acontecer é haver lesões tão graves e irreversíveis que, em qualquer circunstância, o cérebro nunca recuperará e isso é incompatível com a vida. Aí as medidas de suporte de vida são paradas…“, explicou o profissional de saúde.

Quem está a respirar é um ventilador e, eventualmente, algum suporte da função circulatória. São medidas extremamente agressivas. São benéficas a curto prazo mas a longo prazo também estão associadas a muitas complicações. É preciso atingir um equilíbrio entre maximizar o efeito benéfico e minimizar os efeitos negativos…“, revelou o médico sobre os tratamentos que o ator está a fazer.

Sobre as lesões e possíveis sequelas, explicou que “dependem das áreas cerebrais que possam ter sido afetadas: as pessoas podem ficar com alterações emocionais, do raciocínio, da memória, da linguagem, da capacidade de mexer os braços e as pernas ou, no limite, a morte. Tudo depende do tempo e da capacidade de recuperação”.

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