Na semana passada, uma série de três episódios da grande reportagem da SIC ‘A Rede’ deixou os telespectadores em choque. Durante cerca de dois anos, uma mulher criou uma farsa nas redes sociais e enganou dezenas de pessoas, ao fazer-se passar por uma jovem ginecologista que sofria de cancro na mamã e que viria, posteriormente, a falecer.
Concluída a transmissão da grande reportagem pela agora estação de Paço de Arcos, muitos são os telespectadores e internautas que manifestaram o desejo de descobrir de quem se trata a mulher por detrás da máscara e que, contactada pela SIC, explicou os motivos que a levaram a criar todo aquele enredo, mas optou por manter intacta a sua privacidade perante o público.
Embora seja esse um direito que lhe assiste, a revista TV MAIS apurou que esta mulher é professora primária numa escola localizada na área metropolitana do Porto, tem cerca de 40 anos, é divorciada e mãe de um filho menor. Além disso, não se encontrava a trabalhar na altura em que o trabalho jornalístico da SIC foi para o ar, já que tinha colocado um atestado médico.
De acordo com a mesma revista, não há neste momento qualquer possibilidade de ser prejudicada relativamente à sua atividade profissional, uma vez que tem o cadastro limpo e o crime já prescreveu. A mulher foi denunciada à justiça, mas nunca viria a ser condenada em tribunal, sendo que o Ministério Público propôs apenas três injunções que foram cumpridas pela criminosa: pagamento de indemnização, pedido de desculpas e suspensão da atividade ilícita. O processo foi posteriormente homologado e encerrado pelo juiz.
