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“O Momento da Verdade” na mira da ERC

A Televisão
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O programa “O Momento da Verdade” estreou e, tal como prometido, está a criar polémica. Mas não são só as perguntas postas à prova do polígrafo que escandalizam os telespectadores, nem as respostas ou a vída íntima dos concorrentes. Estas podem dar que falar e a ERC não se mostrou vulnerável, dizendo que o mesmo é “uma forma de prostituição”.

O presidente da ERC, Azeredo Lopes, diz que o programa da SIC é “uma forma de prostituição”. Estas palavras surgem no seguimento de o concorrente desta semana, José Nogueira, ter admitido ao jornal “Correio da Manhã” que já bateu na mulher e depois de a filha ter confessado que pagou 150€ para passar no exame de condução. Aliás, estas declarações podem dar origem à abertura de um inquérito por parte do Ministério Público.

Carlos Figueira, procurador-adjunto do DIAP de Lisboa, conta ao jornal “Correio da Manhã” que “o Ministério Público pode vir a analisar as declarações feitas publicamente”. E acrescenta que “O facto de não haver queixas não obsta a que não seja iniciado um processo-crime.” Mas esclarece que, em fase de inquérito, “seria necessário, para além das declarações públicas, que alguém apresentasse provas”.

Para Azeredo Lopes, “o que choca não são as respostas dos concorrentes, mas sim a humilhação a que os seus familiares são sujeitos, perante milhões de telespectadores”. E acrescenta que “As pessoas são aliciadas a vender a sua intimidade por 250 mil euros.”

A ERC pode exigir à SIC que retire do ar “O Momento da Verdade”, mas Azeredo Lopes assegura que não o fará. E lembra que “Parece que o objectivo do programa é sacar afirmações suficientemente indecentes para que as audiências cresçam.”

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