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Pedro Boucherie: “As mulheres dominavam cardumes de gajos que iam ver se eram pescados”

Duarte Costa
2 min leitura
Instagram

Pedro Boucherie é o atual diretor de Conteúdos Digitais de Entretenimento da SIC.

Pedro Boucherie utilizou a rede social Instagram para recuar até à noite lisboeta das décadas de 80 e de 90.

“Meses antes do Chiado arder, a 11 de fevereiro de 1988, abre um dos locais mais incríveis que Lisboa conheceu. O Alcântara-Mar era uma discoteca que conheceu muitas fases e estilos e onde muita gente fez muita coisa e viveu outra tanta. Certo é que a Lisboa dos últimos anos da década de 80 e da década de 90 tinha uma noite vibrante (para usar uma palavra que se usa por agora). O Alcântara era um dos locais onde se terminava a noite (antes de se terminar a noite no Kremlin)”, recordou Pedro Boucherie.

“A primeira geração a ter começado a escola em liberdade (ou seja, no pós 25 de abril) dominava a cena (como dizem os jovens). Cutty Sark a mil paus (5 euros), imperial a 500 paus, muitos compravam garrafa. Sem telemóveis, sem redes sociais, as mulheres dominavam cardumes de gajos que iam ver se eram pescados (achando eles que iam à pesca)”, contou.

“Dançava-se, fumava-se pra chuchu, arrumava-se o carro em todas as nesgas, em cima de todos os passeios. Ouvia-se a Rádio Energia, a Marginal, a Super FM, a Comercial. Muitos assíduos dessas noites andavam nas universidades, uns para a pública, outras para privadas estupidamente caras. Claro que a SIDA era uma preocupação, como era escapar à polícia nos 106, nos Uno, nos Punto, nos Ac, nos Saxo, nos Polo, nos G40, nos Golf Tdi, nas LC. No ano seguinte, tombava o muro de Berlim”, lembrou ainda Pedro Boucherie.

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