Cristina Ferreira continua a somar sucessos atrás de sucessos na sua vida profissional. Recentemente, foi escolhida para dar a cara pela “maior marca de beleza do mundo”, a L’Oréal Paris, e não poderia estar mais feliz.
“Talvez seja difícil de entender o orgulho que sinto por ter sido ‘escolhida’. Sim, sou embaixadora da L’Oréal Paris, a maior marca de beleza do mundo. Mas o meu orgulho é ter sido escolhida por si. Que me recebeu desde o primeiro dia. Quem me escolhe todos os dias é o público. O que gosta, o que não gosta, o que fica triste, o que se alegra, o que sorri comigo”, começou por escrever no blogue pessoal.
Mas um dos motivos de maior satisfação foi o de esta conquista se ter dado nesta idade. “Ser ‘escolhida’ depois dos 40 deixa-me feliz. Ser escolhida com rugas deixa-me feliz. Ser escolhida porque sou a Cristina, a que chega aos outros, deixa-me….deixa-me a escrever este texto às 22:21 horas da noite”, continuou.
A anfitriã do formato matinal da SIC admitiu ainda que nem ela, nem qualquer familiar seu tem bem a noção do feito que alcançou. “Deitei o meu filho, tenho um programa de amanhã para estudar, uma gala que irei apresentar à tarde, jantei com os meus pais, para a minha família foi um dia normal, o Tiago nem sonha o quanto conquistei hoje. Talvez nem eu”, confessou.
Lê aqui o texto na íntegra:
Talvez seja difícil de entender o orgulho que sinto por ter sido “escolhida”. Sim, sou embaixadora da L’Oréal Paris, a maior marca de beleza do mundo. Mas o meu orgulho é ter sido escolhida por si. Que me recebeu desde o primeiro dia. Quem me escolhe todos os dias é o público. O que gosta, o que não gosta, o que fica triste, o que se alegra, o que sorri comigo, o que se inspira, o que não me entende, o que está sempre, o que está em certos dias, o que já ouviu falar, o que nem quer ouvir falar. Todos. Todos porque tenho uma sorte que me acrescenta responsabilidade: a de entrar na casa dos portugueses. Quantos me abraçam sentindo-me da família. Quantos me dizem diariamente da minha importância na sua solidão. Quantos me fazem sentir responsável por um momento de fuga. Quantos me obrigam a sentir que sim, sou inspiração. E se isso me deixa feliz e orgulhosa, também me acrescenta um peso que tento aliviar. Eu quis e quero ser apenas verdade. Não me perguntem porque é que a minha cor é o 7. O meu louro de origem, o regressar à base. Não me perguntem porque já não consigo explicar as coincidências. Mas a vida dá-me sinais. Ser “escolhida” depois dos 40 deixa-me feliz. Ser escolhida com rugas deixa-me feliz. Ser escolhida porque sou a Cristina, a que chega aos outros, deixa-me….deixa-me a escrever este texto às 22.21h da noite. Deitei o meu filho, tenho um programa de amanhã para estudar, uma gala que irei apresentar à tarde, jantei com os meus pais, para a minha família foi um dia normal, o Tiago nem sonha o quanto conquistei hoje. Talvez nem eu. Ser “escolhida”. Que palavra intensa me cobre neste momento. Eu ainda ontem, antes da festa da terra, via a minha avó a pôr a célebre laca de embalagem dourada no cabelo arranjado. A laca da tal marca que sem darmos por isso faz parte da nossa vida. Foi um jovem químico, em 1909, que inventou a coloração e deu o poder às mulheres. De escolherem. Hoje avó, fui eu que segurei a laca. No espelho estava a tua neta, que entretanto cresceu.
