Antes de ser cantor, Nel Monteiro trabalhou na messe dos oficiais do regime e conheceu Salazar. Agora, revelou vários detalhes sobre esse época.
“Sempre fui fã do dr. Salazar. Acho que foi um grande homem e um grande governante. Governou o que era nosso e aguentou uma guerra inútil apenas para salvaguardar o que era português”, começou por defender à TV Guia, comparando o tempo de hoje com o da altura. “Hoje somos o quê?”, questiona.
O cantor contou ainda como privou com o ditador. “Quando trabalhava como empregado de mesa de 1.º categoria, na messe de oficiais de Pedrouços, tinha um part-time , entre as 23h00 e as 4 da manhã, no Hospital da Cruz Vermelha, como auxiliar de enfermeiras. Pedi-lhes, várias vezes, que me deixassem entrar no quarto do dr. Salazar, coisa que não sei se era permitida”, conta.
Recorda que quando ele estava em coma acompanhou de perto a evolução do seu estado de saúde. “Em vida foi uma pessoa boa e meiga. No final, foi dominado pela PIDE e já não era ele que mandava no País”, afirma, recordando de seguida o dia em que ele morreu. Garante ainda que António Spínola não foi assassinado pela PIDE por sua causa. “Fui eu que o salvei de ser morto”, garante, recordando que lhe ofereceram dinheiro para denunciar o general mas ele recusou dar informações.