fbpx

Mónica Sintra recorda “susto” em Marrocos: “As coisas começaram a cair e eu comecei a chamar pelo Duarte”

“Algumas pessoas passaram mal e desmaiaram."

Ana Ramos
5 min leitura
SIC

Mónica Sintra esteve em Marrocos quando aconteceu o sismo do passado dia 8 e relatou o que viveu, esta sexta-feira, na “Casa Feliz”, na SIC.

“Foi um susto. Nós não temos uma tradição, digamos, no nosso país, não se sofre com questões sísmicas e, portanto, nós ouvimos falar muito na escola e pensamos sempre ‘isto nunca nos vai ser útil, nós não vamos aplicar’. E, depois, de repente, quando estamos de férias, completamente relaxados, sem pensar nessa situação, aconteceu”, começou por dizer a cantora.

Mónica Sintra recordou que estava há quatro dias em Marrocos, com o filho Duarte, de 12 anos, quando o sismo aconteceu, durante a noite: “Quando aconteceu, eu não tive a perceção imediata do que estava a acontecer. As coisas começaram a cair e eu comecei a chamar pelo Duarte”.

“Não sabendo bem o que é que estava a acontecer, nós tivemos ali uma reação e começámos a perceber que as pessoas estavam a sair todas dos quartos e nós saímos, obviamente, e fomos para um átrio onde não havia paredes, onde nos concentramos”, continuou Mónica Sintra.

O primeiro abalo foi “assustador”, mas a cantora confessou que o segundo foi pior por “ter consciência do que era e também pelo Duarte já estar acordado”: “Algumas pessoas passaram mal e desmaiaram”.

“Foi difícil, foi o tentar gerir: ‘E agora o que é que acontece? E agora o que é que vem? Se vêm réplicas idênticas’. A norma diz-nos que, por efeito, são mais fracas, mas eu não sou entendida e, portanto, estando lá, a nossa maior preocupação é avisar quem estava cá”, referiu ainda Mónica Sintra, que disse ter sentido réplicas “todos os dias” que se seguiram.

No entanto, Mónica Sintra sentiu que os hóspedes daquele hotel foram “uns privilegiados” e que a administração geriu a situação “muito bem”: “Sofreu pouquíssimos danos, os danos que sofreu foram mais nas áreas comuns, em restaurantes, nos bares”. “A minha realidade no hotel foi: de facto, houve ali um momento de pânico, como é óbvio, mas não houve pessoas feridas, não houve derrocadas e, portanto, essas imagens nós só vimos depois e quando voltamos a sair do hotel para o aeroporto”, acrescentou.

Para Mónica Sintra, o “mais marcante” foi quando saíram do hotel para ir para o aeroporto, ao “ver pessoas a dormir na rua, crianças com as mães e, obviamente, ver todas as imagens”.

Mónica Sintra explicou ainda o porquê de ter decidido manter-se em Marrocos e não regressar num avião da Força Aérea: “Para além de o hotel me ter transmitido muita calma, não houve qualquer dano em termos de estrutura do hotel e eu senti que seria muito mais impactante pela negativa vir com o Duarte num avião da Força Aérea, chegar, ter aqui imprensa e uma série de coisas do que propriamente estarmos ali num ambiente relativamente controlado”.

“Claro que tínhamos programadas saídas para outros sítios. Não o fizemos para que ele ficasse com a imagem de Marraquexe daquilo que ele já tinha visto. No dia, tínhamos ido ao centro, tínhamos ficado na dúvida de termos jantado pelo centro, mas o Duarte já tinha feito amigos no hotel e queria jantar lá”, lembrou Mónica Sintra.

Desde que regressou a Portugal, Mónica Sintra afirmou que tem tentado perceber de que forma pode ajudar o país e falou com o embaixador de Marrocos: “O que ele pediu para eu transmitir é que, neste momento, Marrocos precisa de se reerguer, precisa do turismo, precisa que as pessoas não tenham receio. Porque isto é algo imprevisível e, portanto, não vamos agora começar a ter medo de ir para determinados sítios porque aconteceu um episódio”.

Veja aqui a conversa.