Miguel Gameiro foi um dos convidados de Júlia Pinheiro, na SIC, esta terça-feira, e falou sobre um dos seus maiores sucessos, “Dá-me um abraço”.
“Nem sei como fiz isso. Foi assim de repente. Eu tinha visto um filme em que as pessoas se abraçavam todas. Escrevi dois versos e ofereci-lhe [à mãe]. Depois, a vida tem destas coisas tão engraçadas que eu acho que, às vezes, são quase de propósito”, começou por dizer o artista.
Miguel Gameiro contou que já tinha terminado o disco, nessa altura, e que, um dia, chegou a casa e encontrou os dois primeiros versos que tinha oferecido à mãe: “Disse: ‘Ó pá, isto está giro’. E reconheci-me naqueles dois versos e já tinha passado um ano. Fui para o quarto e terminei a canção nessa noite”.
Júlia Pinheiro mostrou-se surpreendida pelo pouco tempo que demorou a terminar uma canção que se tornou um sucesso. “Normalmente, as canções que ficam não perdemos muito tempo a escrevê-las”, afirmou Miguel Gameiro.
Sobre o fama e o sucesso, Miguel Gameiro referiu que não teve “noção nenhuma” e que prefere não ter. “Eu tento não pensar muito nisso, quase com medo de deixar de conseguir fazer. Tento não pensar no processo, porque eu não fiz formação superior para escrever ou formação académica para compor ou para ser música. Sou músico como muitos são, de ouvido, porque gosto, porque escrevo. Dá-me quase a ideia de que, se eu pensar muito sobre o assunto, posso perder a coisa. Depois, também relativizo muito estas coisas do sucesso, do êxito”, sublinhou Miguel Gameiro.
Veja aqui uma parte da conversa.
