A entrevista da Notícias TV desta semana confronta Herman José e Gisela Serrano, numa altura em que se comemora uma década da estreia de Masterplan. Com 39 anos, a eterna mulher-furacão demonstra muita mágoa pelo facto de ter de ter sido alvo de manipulação por parte da produção do reality show da estação de Carnaxide. Afinal, e segundo ela, a sua possível vitória estava condicionada com o prémio final que já tinha acumulado. «A rapariga da produção disse-me que o programa estava a ficar com custos elevados, que era para durar quase um ano, mas que havia ali qualquer coisa que não estava bem, que não me iam dar o prémio final. Eu estava com 60 mil euros na altura, porque ia acumulando conforme o meu tempo de permanência. E pensei: “O que estou aqui a fazer?”».
Assim sendo, e uma vez que as suas hipóteses de vencer o programa ficaram reduzidas, a ex-concorrente ficou com a certeza que as votações do programa eram manipuladas quando, antes da expulsão, já conhecia os resultados finais. «Ela [funcionária] enviou-me uma mensagem do telemóvel da produção e foi assim que consegui provar. Quando fui para um dos diretos já sabia a votação: 81 para mim, 19 para a desafiante».
Neste sentido, e quando os gráficos apareceram no ecrã com esses valores, Gisela Serrano percebeu que algo não estava bem. «Foi então que decidi desistir, porque sabia que o próximo passo era tirarem-me dali. E estava farta de ter certas pessoas à minha volta».
Por fim, e confrontado com esta questão, Herman José admite que o seu papel em Masterplan se centrava apenas na apresentação, e que não tinha ideia da situação revelada por Gisela Serrano. «O mundo dos reality shows é um mundo virtual. Ninguém está à espera que seja fiscalizado pela Comissão Nacional de Eleições. Depois inventaram uma coisa fantática que são os votos na Internet. Cada um faz o que entender, põe um aparelho a gerar cem votos por segundo e depois ganha quem for».
O humorista adianta que se tivesse tido conhecimento da manipulação Gisela Serrano «não tinha saído do programa».
