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Maria Emília Correia confessa a Daniel Oliveira: “Eu vi o meu pai morrer, foi muito violento”

A Televisão
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Maria Emília Correia esteve à conversa com Daniel Oliveira, no ‘Alta Definição’.

Este sábado, Daniel Oliveira recebeu a atriz Maria Emília Correia no programa “Alta Definição”. A também encenadora abriu o coração e recordou alguns dos momentos mais marcantes da sua vida.

“Houve problemas gravíssimos que eu vivi, que foram atenuados pelo afeto”, confessa a veterana atriz. “O que é que a idade traz de bom?”, quis saber o apresentador. “Eu devo dizer que nesta novela tratam-me com todo o carinho”, confessa Maria Emília Correia. “Eu estou aqui, e estou muito feliz”, garante.

O pai da atriz sofria de uma doença grave, o qual viu morrer quando tinha apenas seis anos de idade.

“Tive uma infância até aos seis anos, porque aos seis anos o meu pai faleceu e aí as coisas mudaram muito na minha vida”, começa por contar.

O meu pai teve aos vinte e poucos anos a doença de Buerger, que era uma doença muitíssimo grave, o sangue não passava, os dedos mudavam de cor e teve de amputar. Primeiro um pé, depois os dois pés, depois as pernas e depois os braços. Ele nunca teve a possibilidade de me agarrar porque quando eu nasci ele já não tinha pernas nem braços… Mas isto não era uma tragédia, podia não ter pernas nem braços, mas tinha asas e voava muito, era um artista”, revela.

De seguida, a artista recorda a morte do pai. “Foi um conforto para si ele ainda a ter visto no palco, em miúda?“, pergunta Daniel Oliveira. “Não sei se viu porque ele teria de se deslocar numa cadeira de rodas que tinha, e portanto não tenho ideia de me ter ido ver”, diz Maria Emília Correia.

Quando ele partiu, de que forma isso marca uma menina de seis anos“, quis saber o diretor de programas da SIC. “É um luto muito especial, porque se é muito criança, e é feito com muitos palácios e muitas fadas na cabeça, porque eu tinha todos aqueles livros para crianças, que lia e via as imagens e, portanto é uma coisa pela qual eu não percebi a gravidade do que estava a acontecer“, desabafa Maria Emília Correia.

Eu vi o meu pai falecer, retiraram-me imediatamente de lá, fui para casa de uns parentes muito afastados e lembro-me de regressar com uma bata preta, um vestido preto, com bolinhas brancas, que foi com que andei sempre na escola, quando me chamavam órfã, porque não tinha pai, foi muito violento“, recorda.

“Presenciou porque foi algo repentino?”, questiona Daniel Oliveira. “Sim, foi algo de que não se estava à espera, dessa morte (…) Vi todo o aparato, de uma morte “adeus minha mulher, adeus meus filhos” Ele disse isto, e eu ouvi tudo, como todos ouvimos. Ele morreu assim, de súbito, apercebeu-se que ia morrer”

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