Sem citar o nome de Marco Paulo, José Pacheco Pereira, antigo deputado do PSD, assinou uma crónica na edição de 18 de fevereiro do jornal Público na qual aparenta insinuar que o cantor praticou crimes de abuso sexual sobre o afilhado.
“Um caso que várias vezes referi, espantando-me por não provocar qualquer réstia de indignação, é o de um artista de variedades que viveu durante algum tempo às claras, com publicidade, com uma criança, seu afilhado, que de uma certa maneira comprou aos pais seus empregados“, lê-se num texto onde os temas em análise são “abusos sexuais” e “pedofilia”.
“Várias revistas do jetset mostravam a criança, na piscina, em restaurantes, com um padrão comum a outros casos: homem poderoso e com fama e dinheiro que vive numa relação pelo menos ambígua com uma criança filha de uma governante ou de um jardineiro“, acrescentou.
Quase um mês depois, o jornal Tal & Qual fez capa sobre o assunto e mencionou Marco Paulo como o artista visado por José Pacheco Pereira. O A Televisão entrou em contacto com o cantor e este mostrou-se absolutamente indignado.
“Comprou uma criança aos pais!? Isso é um nojo! Não, não! O pai trabalha comigo há 40 anos. Eu sou padrinho de casamento e sou padrinho do Marco António. Ele tem 32 anos e os pais não têm as funções que o José Pacheco Pereira disse. O pai do Marco António foi sempre meu técnico de som e meu sócio, não foi jardineiro, e a mãe do Marco António trabalhou numa perfumaria e hoje tem uma empresa, nunca foi minha empregada“, começou por esclarecer em declarações exclusivas ao A Televisão.
“O Marco António sempre saiu em capas de revistas comigo e com a mãe. Mas o que é que esse senhor tem a ver comigo? Eu não sou político, sou cantor. O Pacheco Pereira deve estar mal disposto e pegou em mim. Mas isto é um disparate, uma mentira!“, garantiu.
Marco Paulo assegurou ainda que nunca foi amigo de Pacheco Pereira e que, se alguma vez falou com ele, foi só um “boa noite” durante um cruzamento de ambos na SIC. “Ele está a mentir perante milhões de portugueses! Eu era capaz de dar a minha vida pelo meu afilhado. É tudo inveja, tudo maldade!“, afirmou, antes de admitir que está a ponderar avançar com um processo contra o político.
“Vou meter isso no meu advogado. A liberdade e a democracia dá para tudo, mas não pode dar para estas coisas. Ele não se vai ficar a rir“, disse ainda Marco Paulo ao A Televisão.
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