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Manuel Cavaco emociona-se em entrevista a JĂșlia Pinheiro: “Era muito especial”

André Vilar
3 min leitura

Manuel Cavaco sentou-se, esta quarta-feira, ao lado de JĂșlia Pinheiro para uma conversa intimista na qual recordou uma das figuras mais marcantes da sua vida: o avĂŽ.

JĂșlia Pinheiro recebeu, esta quarta-feira, Manuel Cavaco no seu programa. O ator esteve no JĂșlia para uma conversa intimista na qual aproveitou para recordar uma das figuras que mais marcou a sua vida: o avĂŽ. “Fiquei sem mĂŁe tinha um ano um pouco. O meu pai sofreu muito e entregou-me aos meus avĂłs. Fui criado pela minha avĂł e pelo meu avĂŽ”, começou por contar Manuel.

“Tinha uma famĂ­lia extraordinĂĄria Ă  minha volta. Eram sete tios e esse avĂŽ. Esse avĂŽ era muito especial. Foi das primeiras cartas de condução em Portugal. Era de tal maneira que foi convidado pelos bombeiros de Lisboa para conduzir um camiĂŁo”, recordou com carinho. Foi tambĂ©m esta figura quem ensinou a estrela da SIC a ler: “É esse avĂŽ que me pĂ”e no colo, Ă  frente de uma mesa com os jornais abertos, me ensinou a ler”.

A conversa tomava um rumo cada vez mais sentimental e saudosista quando Manuel Cavaco decidiu trazer uma nova recordação sobre o homem que fez de si a pessoa que hoje Ă©. “Eu pedia ao meu avĂŽ um pastel de nata e ele dava-me um pĂŁo com açĂșcar e canela. Era o melhor pastel de nata ao mundo.”, desvendou o ator. Perante tal declaração JĂșlia nĂŁo disfarçou o entusiasmo e acabou mesmo por confessar: “Acho lindo. AtĂ© me arrepiou”.

Depois da perda da mĂŁe e de lidar com as mĂĄs escolhas do pai, Manuel sofreu ainda um pouco mais ao ter de se mudar da Madragoa para Campo de Ourique, aos dez anos de idade. “Quando eu tinha dez anos, o meu pai jĂĄ tinha casado e eu e o meu irmĂŁo lĂĄ fomos com eles para a casa. Primeiro custou muito porque do meu ambiente, do meu casulo. Eu tinha tudo. Tudo era extraordinĂĄrio e vim para Campo de Ourique, sem amigos, sem saber de nada.”, relatou.

O gosto pela representação surgiu sete anos depois quando decidiu frequentar o ConservatĂłrio Nacional de Teatro. Hoje, o Nestor Macedo d’ Alma e Coração celebra mais de 50 anos de carreira.