Liliana Campos foi cuidadora informal da mãe durante vários anos. Três anos depois da morte de Zena Campos, a apresentadora do programa ‘Passadeira Vermelha’ tem vindo a deixar o seu testemunho e experiência como forma de defender a dar visibilidade ao papel dos cuidadores.
Liliana assegurou que os apoio dados às famílias dos doentes não são suficiente para colmatar todas as despesas. A apresentadora, que também já foi uma das muitas cuidadores que existe em Portugal, passou por várias dificuldades para conseguir dar à mãe os cuidados necessários.
A apresentadora da SIC Caras já esteve n’ ‘O Programa da Cristina’ para abordar a questão e descrever a sua experiência. Recentemente, Liliana fez novas revelações, no site de Júlia Pinheiro, confessando que o dinheiro não chegava até ao final do mês.
Na altura em que Zena Campos sofreu o AVC que a deixou numa cama, o irmã de Liliana estava divorciado e sem emprego. Cláudio foi, assim, o cuidador informal da mãe a 100%. “Quantas vezes chegava ao final do mês sem dinheiro.O meu irmão não estava a trabalhar e os custos com uma pessoa acamada são muito elevados. Os produtos são caríssimos”, afirmou Liliana.
Nas suas horas vagas, Liliana repetia o mesmo percurso para tentar aliviar as despesas: resguardos na Santa Casa da Misericórdia; suplementos proteicos na Liga de Amigos do Hospital Garcia de Orta; fraldas e cremes em supermercados ou parafarmácias com as promoções mais competitivas.
O desespero familiar levou Liliana Campos a refugiar-se no trabalho. “O Passadeira Vermelha foi um presente que apareceu na minha vida. Era um escape”, recordou, consciente que de tudo isso fê-la colocar a vida pessoal em espera.