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Júlia Pinheiro prova larvas no laboratório de Ljubomir Stanisic

Veja a reação da apresentadora.

Ana Ramos
4 min leitura
SIC

Júlia Pinheiro visitou, numa conversa transmitida esta segunda-feira, na SIC, a casa de Ljubomir Stanisic e acabou por provar larvas no laboratório do chef.

Uma parte do que produz é utilizada no seu restaurante 100Maneiras e outra parte é para consumo próprio e para os amigos. Neste laboratório, tem vários equipamentos, desde a refrigeração, vapores, máquina de vácuo, balanças, entre outros.

“É a segunda parte da minha alma, é não ser só cozinha, mas esta parte criativa um pouco, da ciência, dos produtos que planto, que criámos, juntamente com as pessoas da horta, e conseguimos transformar isto num resultado magnífico, maravilhoso. Muitas vezes erro também”, disse Ljubomir Stanisic.

“Tens aqui insetos, ouvi eu dizer?”, questionou Júlia Pinheiro. “Tenho vários tipos de insetos… gafanhotos, larvas”, respondeu Ljubomir Stanisic.

“Mas isto é comestível?”, quis saber ainda a apresentadora. “É tudo super comestível! Queres provar?”, referiu Ljubomir Stanisic, que inclui os insetos na ementa do seu restaurante.

Júlia Pinheiro concordou em experimentar larvas: “São boas! São snacks”. “É a proteína do futuro”, sublinhou o chef.

“Estive toda a vida ligado à engenharia molecular, tirei cursos desde pequeno, estudei também química alimentar na Jugoslávia, só que nunca pratiquei 100%. Agora, com a minha vida concluída na cozinha está a ser praticada muito mais no laboratório para levar para as pessoas os produtos finais”, completou Ljubomir Stanisic.

Júlia Pinheiro foi conhecer o refúgio de Ljubomir Stanisic no Alentejo, que foi feito à sua medida e num local com significado.

“Nasci na Bósnia, mas isto lembra-me muito a minha cidade natal, Sarajevo… montanhas e interior nesta zona do Alentejo. Acho que o Alentejo é que me escolheu, não eu ao Alentejo. Há anos que procurei alguma coisa no Alentejo, não tinha capacidade de comprar. Tinha aquela frase ‘só continuo a fazer televisão se me pagarem um terreno’ e acho que foi mais ou menos o que aconteceu”, contou Ljubomir Stanisic.

Ljubomir Stanisic recordou ainda que andou, “durante anos”, pelo Alentejo, com uma caravana emprestada de um amigo e também costumava fazer um retiro com os filhos pela região, com cinco euros por dia: “Encontrámos um spot onde o meu filho caçou o primeiro pombo, fizemos as primeiras sopas na rua e ficou-nos na memória e, depois de dois anos, encontrámos este terreno maravilha e decidimos ficar por cá”.

Neste local, Ljubomir Stanisic tem uma horta “mais atípica do que típica” e uma exploração de agrofloresta, trabalho com o qual procura preocupar-se com a sustentabilidade ambiental.

“Acho que este sítio o que tem é mesmo isto. Para mim, enriquecer a alma, estar mais em paz. Ser cozinheiro há 32 anos não é vida fácil, é intenso, é sempre cheio”, comentou Ljubomir Stanisic, acreditando ser “muito mais do que um cozinheiro”. “Faço muita coisa, então, carregar a alma, para mim, é ser completo, não é só fazer uma coisa. Acho que o processo para chegar ao prato na cozinha tem muito antes”, continuou.

Veja aqui o momento.