Apesar de dizerem que se tratou de uma caricatura, Júlia Pinheiro e outros responsáveis à data, da SIC, vão mesmo ser julgados por humilhar o jovem candidato do “Ídolos“.
O caso remonta a 2015 e trata-se do rapaz que ficou conhecido como o “menino das orelhas“. Órfão de pai, Daniel, que entretanto mudou de sexo e hoje se chama Alexa, foi abandonado pela mãe e acolhido pela avó, que o criou num ambiente humilde. Nunca parou de sonhar em dar uma vida melhor à avó, que de tanto abdicara para o criar. O veiculo para concretizar esse sonho surgiu quando abriram as inscrições para a quinta edição do formato da SIC, o “Ídolos“.
Na altura com 16 anos, concorreu à prova de canto, foi selecionado e, com o acordo escrito da avó, rumou a Lisboa. “Nem dormia e partiu ainda a sonhar, cheio de ilusões“, diz quem o conhece. A acusação particular que o Ministério Público (MP) seguiu descreve que quando chegou aos estúdios foi colocado “numa sala escura e vazia, com um holofote virado para si” e alguém lhe pediu que cantasse “à capela“. Não cantou muito tempo. Disseram-lhe que tinha desafinado “um pouco” e estava desclassificado.
O advogado do jovem, Aníbal Pinto, disse ao JN que a estação tentou de todas as formas não ir a julgamento mas o mesmo vai agora avançar. A defesa dos arguidos garante que estes nunca quiseram humilhar ou ridicularizar Daniel.
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