Júlia Palha marcou presença no programa What’s Up! da SIC Mulher na última sexta-feira, dia 28 de abril, e abordou em conversa com Carolina Patrocínio, diversos assuntos, incluindo o “body shaming”, uma causa que defende de forma ativa.
“Eu era muito magrinha, não tinha curvas nenhumas. Veio tudo muito tarde, mas veio muito de repente. Não houve uma adaptação e, se calhar, isto coincidiu com eu começar a trabalhar em televisão, começar a ter exposição“, começou por recordar a atriz.
“Foi um bocadinho ter de adaptar: ser uma miúda/adolescente a crescer, eu própria aceitar o meu corpo e começar a ver um público também a aceitar e a falar disso. E pronto, é uma mensagem que eu vou querer sempre transmitir. Eu sou uma mulher confiante, gosto de ter mulheres confiantes à minha volta. Acho que é muito melhor quando nós somos empáticas e nos respeitamos umas às outras”, explicou Júlia Palha.
“Mas que exercício é esse que quem nos esteja a ver e possa fazer, seja com filhas, com sobrinhas, adolescentes, nessa aceitação do corpo e a lidar precisamente com a opinião dos outros, principalmente numa era em que as redes sociais dominam a atenção dos miúdos?“, perguntou Carolina Patrocínio.
“Isso é uma pergunta muito forte e que eu às vezes até tenho medo de responder estas coisas porque não é fácil”, respondeu a artista.
Júlia Palha revelou o trabalho diário que faz para “se aceitar” e que considera essencial que todas as mulheres o façam. “A vida muda, o nosso corpo muda, as circunstâncias e as coisas mudam e eu acho que sem ser hipócrita e com o conceito de termos que amar como somos, é um bocadinho… a vida é assim e nós estamos aqui e nós não podemos preocupar-nos demasiado com as coisas nas quais não temos grande controle. Portanto, se tu puderes ter um controle básico de comeres bem, fazer exercício, para te sentires o melhor possível dentro daquilo que é o teu registo de corpo”, acrescentou.
“Se tiveres mulheres à tua volta, que te inspiram, amigas que te elogiam e não que te deitam para baixo, pessoas que querem o melhor para ti, que te recomendam, olha, isto fica-te melhor ou faz isto porque… criam uma rede de amor e de segurança. Se tiveres uma rede de segurança à tua volta, tu vais acabar por desligar o botão das comparações”, continuou Júlia Palha.
Em seguida, Carolina Patrocínio referiu o facto de as mulheres estarem “constantemente” a ver “fotografias de mulheres” e que acabam por comparar consigo.
A atriz confessou: “Tenho consciência que tenho o Instagram, onde trabalho com marca de lingerie, marcas de fatos de banho e, portanto, exponho, sou confiante e gosto do meu corpo e se calhar para muitas miúdas que me seguem, mulheres, vão olhar e pensar “fogo, eu gostava de estar como ela”. Mas eu também vou olhar para outras mulheres e pensar “fogo, eu gostava de estar com ela”. (…) vai sempre ver coisas que não gostamos tanto”, rematou Júlia Palha.
