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José Wilker é o único ator repetente no remake de «Gabriela»

A Televisão
3 min leitura

Chega hoje à SIC a nova produção da TV Globo, «Gabriela», a primeira novela brasileira a ser exibida em Portugal.  37 anos depois, José Wilker é o único ator que está presente no remake de 2012 e que atuou na versão original da novela. Em 1975 o ator deu vida à personagem «Mundinho Falcão» (agora nas mãos de Mateus Solano) e, agora, veste a pele de «Jesuíno Mendonça», um homem que faz justiça ao descobrir a traição da sua mulher, «Sinhazinha Mendonça» (Maitê Proença).

«Da primeira vez, o Brasil vivia numa ditadura. Tínhamos um compromisso sério e empenhado em protestar, de alguma maneira, contra uma série de coisas da época. O “Mundinho Falcão” era, digamos, um ponta-de-lança desse protesto. Nesta nova personagem encontrei um sentido de humor que me diverte. É muito interessante ver que tudo aquilo que reivindicámos não resultou em nada, como o feminismo vitorioso. Vivemos numa sociedade ainda muito machista.», disse José Wilker à TV 7 Dias, recordando a primeira versão de «Gabriela». Quando recebeu o convite para atuar no remake, o ator conta que se divertiu muito, pois «Reinventar outra personagem foi muito divertido.». Em relação a Mateus Solano, que na nova versão da novela interpreta o papel que foi do ator veterano, José Wilker diz que «Ele é muito disciplinado. Não dou conselhos, é uma maldade. Ele é maduro o suficiente para seguir o seu próprio ritmo. Ainda não vi muito da novela, mas o que vi foi com prazer.», confidenciou à mesma publicação.

O ator não gosta de fazer comparações entre a primeira versão de «Gabriela» e o remake, pois «É complicado, porque ao comparar ambas as versões entramos numa nostalgia para quem viu a primeira versão. A nostalgia não é uma boa forma de ver uma obra de arte. O Jorge Amado é um clássico. Podemos rever as obras e há sempre diferentes leituras.». E, para atuar na nova versão, José Wilker não viu imagens da primeira versão, pois «Tenho como método pegar no texto que tenho de representar, tentar surdamente perceber o que está escrito e arrancar daquilo uma música, uma língua, uma forma de me comunicar… O contacto com as pessoas com quem trabalho é fundamental», concluiu.

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