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José Milhazes pede desculpa a Clara de Sousa: “Não sabia que existiam regras tão apertadas”

Duarte Costa
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Reprodução/Redes sociais

José Milhazes disse um palavrão no Jornal da Noite da SIC, há um mês, enquanto traduzia o que milhares de jovens russos gritavam num protesto anti-guerra.

Foi no dia 24 de maio deste ano que José Milhazes disse a célebre frase “A guerra que vá para o c*ralho“, em pleno Jornal da Noite, enquanto fazia uma tradução. Um mês depois, o comentador admite que já pediu desculpa a Clara de Sousa e garante que não quis ganhar qualquer protagonismo com o que aconteceu.

Eu não sabia que na televisão portuguesa existiam regras tão apertadas e que a sociedade fosse tão hipócrita. Quando cheguei aqui vi que afinal a nossa sociedade não tinha dado assim tantos passos em frente como aqueles que eu pensei, quando a deixei em 1977. Agora, a este ponto, eu não estava à espera“, lamentou em declarações à revista TV 7 Dias.

Eu fiz aquilo naturalmente, porque se eu não utilizasse aquela palavra naquele momento, aquela manifestação morria. Eram milhares de jovens. Eu não podia dizer «vão para o pi» ou outra coisa qualquer. Seria estúpido“, explicou.

Essa palavra no Norte é quase uma vírgula ou, digamos, um ponto e vírgula, mas eu não a vou utilizar no jornalismo ou em qualquer outro lugar à direita ou à esquerda. Claro que da próxima vez eu pergunto se posso dizer isto ou não, porque eu não esperava. Por outro lado é positivo, porque as pessoas acordaram. Eu consegui transmitir, levar às pessoas a energia daquele grito“, acrescentou.

Eu fui falar com a Clara em jeito de lhe pedir desculpa, mas ela recebeu-me muito bem, com um grande sorriso, e compreendeu porque é que eu fiz aquilo. Não foi para chatear ou lixar alguém ou tornar-me famoso. Foi uma coisa absolutamente natural“, disse ainda José Milhazes.

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