José Milhazes recordou o início da sua carreira e falou sobre o palavrão que disse em direto, no jornal da SIC.
José Milhazes é um dos comentadores da guerra na Ucrânia no ‘Jornal da Noite’ da SIC. O jornalista está no ativo há mais de 30 anos e recordou como começou a sua carreira, numa entrevista à TV 7 Dias.
“Eu comecei a fazer jornalismo quase no fim da União Soviética, e Portugal, quer dizer, onde é que isso fica? Eu não sou um jornalista norte-americano ou inglês. Os problemas às vezes existiam, mas era com artigos relacionados com portugueses que se metiam em negócios pouco claros com a Rússia, ou aqui em Portugal, da Rússia“, começou por explicar.
“Eu gostava muito de fazer jornalismo de investigação e às vezes telefonavam e queriam falar comigo, mas eu dizia que não queria falar com eles. Depois, eles falavam de forma a que eu desistisse. Nas redes sociais é uma coisa no dia-a-dia… sentia, mas era quando queria determinadas coisas e não fazia, como quando não fui dar aulas na universidade. Alguém me fez a folha ou alguns me fizeram a folha. Não tenho dúvidas”, contou.
José Milhazes comentou ainda o palavrão que disse em direto e em pleno horário nobre, na SIC, que acabou por viralizar nas redes sociais.
“Eu não sabia que na televisão portuguesa existiam regras tão apertadas e que a sociedade fosse tão hipócrita (…) Eu fiz aquilo naturalmente, porque, se eu não utilizasse aquela palavra naquele momento, aquela manifestação morria. Eram milhares de jovens. Eu não podia dizer ‘vão para o pi’ ou outra coisa qualquer”, sublinhou.
“Depois disso fui falar com a Clara de Sousa para lhe pedir desculpa, mas ela recebeu-me muito bem, com um grande sorriso, e compreendeu porque é que eu fiz aquilo. Não foi para lixar ninguém ou tornar-me famoso”, garantiu.
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