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José Gomes Ferreira afirma que o mundo está mais verde e Ciência contraria

Vanessa Jesus
4 min leitura

José Gomes Ferreira, diretor-adjunto de Informação da SIC,  disse que não há degelo e que o mundo é mais verde e a ciência provou que está errado.

José Gomes Ferreira afirmou que talvez o aquecimento global não seja assim tão grave como se pensa e a ciência contrariou a sua afirmação.

Foi durante o programa ‘Negócios da Semana’, da SIC Notícias, que o diretor-adjunto de Informação do canal afirmou que a problemática das alterações climáticas não é assim tão grave depois de o mais recente relatório do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas ter chegado à conclusão que o planeta deverá aquecer 1.5.ºC até 2040, evidenciando a ação humana como principal responsável.

A comunidade científica não gostou e acabou por justificar que a sua afirmação não está correta. José Gomes Ferreira disse também que a Antártida não está a derreter, justificando que o gelo  “enquanto derrete de um lado, acumula do outro”, e mostrando gráficos para provar a sua teoria.

O especialista Francisco Ferreira afirmou que é errado tecer conclusões de forma descontextualizada quando os dados apresentados dizem respeito apenas a um período específico.

José Gomes Ferreira disse também que o mundo está mais verde, recorrendo a um estudo da NASA.

“Estão a ser regados desertos no norte e no leste da China, a Índia apostou na agricultura intensiva que está a levar a mais verde e isso aparece também no norte de África e nas zonas da América do Norte. A ação humana está a levar a que haja mais verde“, justificou José Gomes Ferreira, o diretor-adjunto de Informação da SIC.

João Joanaz de Melo, também presente no programa da SIC Notícias, contrariou as suas afirmações e justificou a razão de estar errado.

“Uma floresta que é abatida e que é substituída por uma área agrícola pode ter uma aparência mais verde, mas a quantidade de biomassa será muitíssimo menor“, defendeu.

“Um olival tradicional tem uma biomassa maior do que um olival intensivo. Outro indicador fundamental é perceber qual a biodensidade que foi destruída, já que é um indicador crítico para a saúde ecológica do planeta“, explicou ainda.

“Quando temos uma agricultura intensiva, o que temos é a perda de solo, de espessura de solo. Isso compensa-se com fertilizantes químicos e técnicas agrícolas mais intensivas que, dependendo de como são aplicadas, podem provocar, em alguns casos, a destruição do solo“, disse, fazendo um reforço no remate da sua intervenção.

“A única coisa que acumula dióxido de carbono é uma mata, uma floresta ou um matagal que esteja a crescer. Quando tipo de ocupação [agrícola] que esteja estacionária, pode funcionar como armazém de carbono se tiver uma biomassa significativa, mas não está a acumular mais. Há uma diferença muito importante entre a captura e o armazenamento de carbono”, concluiu.

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