fbpx

Jornalista da SIC revoltado com adeptos sportinguistas: “Sem a mer** de uma máscara sequer”

Vanessa Jesus
3 min leitura

Miguel Ribeiro, jornalista da SIC, mostrou-se revoltado com os portugueses que ignoram o perigo de transmissão da Covid-19 e já estão a agir como nada estivesse a acontecer no país e no mundo.

Miguel Ribeiro, jornalista da SIC, partilhou um texto no Facebook onde se mostra indignado com a atitude de alguns portugueses, nomeadamente os adeptos do Sporting que assistiram à partida do lado de fora do estádio de Alvalade.

“Lisboa vai ultrapassar novamente a linha vermelha. Há especialistas que dizem que isso já aconteceu. Custa, depois do esforço titânico de muitos de nós, voltar a este ponto. Cumprimos as regras do bom senso e as outras mais óbvias que a lei ditou“, começou por escrever o jornalista da SIC.
“Condicionámos as nossas vidas, as nossas rotinas. Estivemos afastados dos pais e dos avós. Deixamos de ir ao café, ao concerto, ao cinema, ao teatro, ao centro comercial. Contudo vimos, incrédulos, milhares e milhares de pessoas junto a um estádio, no centro da cidade”, acrescentou Miguel Ribeiro.
O jornalista da SIC referiu ainda que muitos nem usavam máscara e a autoridade nada fez. “Pessoas encavalitadas umas nas outras de cerveja na mão, muitas sem a merda de uma máscara sequer”, lê-se ainda.
Texto na integra:
Lisboa vai ultrapassar novamente a linha vermelha. Há especialistas que dizem que isso já aconteceu. Custa, depois do esforço titânico de muitos de nós, voltar a este ponto. Cumprimos as regras do bom senso e as outras mais óbvias que a lei ditou.
Condicionámos as nossas vidas, as nossas rotinas. Estivemos afastados dos pais e dos avós. Deixamos de ir ao café, ao concerto, ao cinema, ao teatro, ao centro comercial. Contudo vimos, incrédulos, milhares e milhares de pessoas junto a um estádio, no centro da cidade.
Pessoas encavalitadas umas nas outras de cerveja na mão, muitas sem a merda de uma máscara sequer. Depois acordámos no dia seguinte E assistimos a um encolher de ombros da autoridade da saúde, do clube, da polícia e sobretudo dos políticos a fugir às óbvias responsabilidades.
Vemos imagens do bairro alto cheio, das festas ilegais, das outras legais e percebemos que a pandemia trouxe novas formas de falta de respeito pelo próximo, pelo bem comum. Novas formas de ignorância. Trouxe também formas criativas de contornar a lei e uma miopia seletiva para exercer autoridade.