O principal noticiário de Carnaxide vai ter, a partir de hoje, uma rubrica denominada ‘Portugal 2009’. Em ano de campanhas eleitorais, este novo espaço tem como objectivo aprofundar os grandes temas da sociedade.
Portugal 2009. É este o nome da rubrica que começa hoje, inserida no Jornal da Noite, na SIC. Entre as 21.00 e as 21.25, Clara de Sousa vai apresentar aquilo a que se pode chamar um retrato do País, aprofundando vários temas como o desemprego , saúde, justiça, segurança social e economia. Isto, tendo como pretexto as eleições que se avizinham.
O espaço Portugal 2009 insere-se na estratégia da SIC em aproximar-se dos cidadãos. “Uma das características destes especiais é ter uma relação de proximidade com os públicos, tal como estamos a fazer com o Nós por cá, que, desde esta semana, está a ser feito a partir de várias capitais de distrito”, respondeu o director de informação de Carnaxide. Esta estratégia também vai ser seguida no entretenimento, já que a partir do Verão, a SIC sai dos estúdios da Comunicasom, onde são produzidos Fátima e Contacto, para emitir a partir de vários pontos do País.
Regressando a Portugal 2009, Alcides Vieira explicou ainda que “os especiais vão ser conduzidos por Clara de Sousa, que nesses dias não apresenta o Jornal da Noite com Rodrigo Guedes de Carvalho”.
Satisfeita com este novo projecto está a própria Clara de Sousa, que ao DN disse agradar-lhe sair do estúdio. Acha que este espaço vai dinamizar o noticiário? “Mais do que dinamizar o Jornal da Noite, a ideia da SIC é marcar o início do longo período de eleições, com temas centrais, que realmente interessam e tocam os portugueses, para não ficar pela simples luta político-partidária, a chamada ‘papa maizena’ ou politiquice”, respondeu a jornalista. A rubrica de hoje vai reflectir sobre o desemprego e ser feita a partir da fábrica da Delta, em Campo Maior. “É um exemplo de uma empresa com uma forte função social, onde, apesar da crise, a opção foi não despedir ninguém. E são esses bons exemplos, que ainda os há, que queremos destacar, entre outros”, afirmou Clara de Sousa.
A jornalista, questionada sobre se se deve dar notícias positivas, sobretudo em tempos de crise, respondeu: “Quem defende que ‘good news is no news’ [boas notícias não são notícia] não é a SIC, e a SIC vai mostrar que essa máxima não faz sentido. Seja em tempo de vacas gordas ou magras”.
Tiago Guilherme, DN