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Joana Marques joga “às 7 diferenças” com “Os Traidores”: “Aborrecido”

"Sinto-me traída pelos Traidores", afirmou Joana Marques.

Ana Ramos
6 min leitura
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Joana Marques analisou, esta quinta-feira, no “Extremamente Desagradável”, da Rádio Renascença, o novo programa da SIC, “Os Traidores”.

Este novo programa “não é reality show”, porque, a SIC “chama a estas coisas experiências sociais”: “Já sabem como são os betos, não é”.

No entanto, a humorista acredita que, “apesar de não ser o ‘Big Brother’, tem muitas parecenças, por exemplo, as apresentações em que eles mostram que são ‘buéda’ maus”. “Estou a tentar jogar às sete diferenças d’‘Os Traidores’ com um reality show normal, mas, até agora, nada, é tudo igual”, referiu Joana Marques.

“Como veem, os nomes também são tipo ‘Casa dos Segredos’. (…) Concorrentes a dizer frases sem nexo já havia, pessoas com fraco aproveitamento escolar aqui também há. (…) Pessoas com dificuldades em Português também temos, como costuma acontecer nos outros reality shows”, enumerou.

Joana Marques descobriu, contudo, algumas diferenças, referindo-se a Júlio: “Concorrentes que se apresentam como calculistas também há sempre nos ‘Big Brother’ todos, agora, jogadores de xadrez, realmente, nunca vi. Normalmente, é só malta que se interessa por damas”.

Quando mostrou a apresentação de António, de 68 anos, descobriu ainda outra novidade, que “não há nos outros programas”: “Idoso! Já não era sem tempo a terceira idade poder participar também nestas coisas, até para acabarmos com aquela ideia feita de que as pessoas experientes são muito sensatas. Não são, tanto não são que o Borrallho se inscreveu nesta macacada. Mas em boa hora o fez porque nos permite ouvir frases que nunca ouviríamos numa ‘Casa dos Segredos’”. “É um hábito que as novas gerações estão a perder. Já não há ‘velhacos’ e nem sequer indivíduos. Já ninguém se refere a outra pessoa como um ‘indivíduo’”, continuou.

Joana Marques recordou ainda dois participantes que viveram no Reino Unido, um em Londres e outro em Birmingham: “A SIC jogou pelo seguro e escolheu concorrentes capazes de perceber a Daniela Ruah, caso ela se tivesse transformado numa daquelas pessoas que, ao fim de uns anos emigradas, já só falam inglês”.

“Entretanto, a Daniela Ruah disse que eles têm de ser observadores, portanto, esta concorrente, em princípio, não vai ter hipóteses”, lembrou ainda Joana Marques. “Era o que eu faria, vinha sem óculos, tinha de escolher ao calhas… conseguia lá ver os números. Num jogo de estratégia, então, porquê que optou por esta plataforma? Porque estou sem óculos… isto promete”, citou.

“Ao mesmo tempo, parece um jogo infantil, tipo a cabra cega, porque eles estão vendados lá com as tais máscaras e, depois, a Daniela Ruah anda às voltas assim atrás deles até tocar nas costas de um, que passa a ser traidor. Não sei se isto é conteúdo de horário nobre ou para horário do intervalo grande das 10 da manhã”, ironizou Joana Marques.

“Os restantes 45 minutos do programa foram de gente a teorizar sobre quem é que terá sido tocado nas costas por Daniela Ruah. Parece aqueles painéis de comentário desportivo em que discutem durante duas horas sobre se foi bola na mão ou mão na bola”, comparou também.

Mais à frente, Joana Marques indicou ainda que Álvaro comentou que Daniela Ruah tinha alguns problemas de motricidade: “Daniela Ruah veio dos Estados Unidos para cá para descobrir que tem problemas de motricidade. A mulher que no ‘NCIS Los Angeles’ corre atrás de bandidos não sei quantos episódios descobre agora que não sabe locomover-se em condições. Nunca lhe aconteceu nos episódios tropeçar em si mesma, mas o Álvaro tem esta teoria ótima”.

“Até ver, Daniela Ruah só se espalhou ao comprido quando aceitou vir gravar ‘Os Traidores’… é que acaba por ser um programa um bocado aborrecido”, comentou Joana Marques, que, “dentro do leque de programas em que se tenta descobrir quem é o infiel, preferia aquele do João Kleber”.

“Sinto-me traída pelos Traidores. Achei que ia ser uma diversão pegada e, afinal, é um grande aborrecimento. No fundo, é como quando casamos. Uma pessoa, hoje em dia, liga a televisão à espera de um programa absolutamente diferenciador e dinâmico e, afinal, é como estar a assistir a jogos de tabuleiro, assim um torneio de jogos de tabuleiro na biblioteca municipal”, rematou Joana Marques.

Joana Marques comparou, entretanto, vários programas da televisão portuguesa com jogos de tabuleiro: “Este é o Cluedo, o ‘Vale Tudo’ é o Party & Company e o ‘Porquinho Mealheiro’ é o Trivial Pursuit. O ‘Vai ou Racha’ é o Traga Bolas”.

Veja aqui o programa completo.