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Joana Amaral Dias sobre a morte do pai: “O que aconteceu foi negligĂȘncia”

A. Oliveira
3 min leitura
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A comentadora residente do programa das manhĂŁs da TVI, Joana Amaral Dias, teceu duras crĂ­ticas ao Sistema Nacional de SaĂșde (SNS) em direto na SIC NotĂ­cias, depois do psicanalista Carlos Dias, o seu pai, ter morrido enquanto esperava por auxilio mĂ©dico. 

A ex-deputada do Bloco de Esquerda recordou o falecimento do seu pai durante o transporte feito pelo INEM para o Hospital de São José, em Lisboa. De acordo com a psicóloga, o pai sentiu-se mal na terça-feira, 3 de dezembro, tendo sido solicitado socorro pouco tempo depois. No entanto, o pai entrou apenas no hospital duas horas depois e jå morto.

“O meu pai vive no MarquĂȘs de Pombal. O trajeto da sua residĂȘncia atĂ© ao SĂŁo JosĂ© Ă© bastante curto. O que aconteceu foi um cocktail fatal de acidentes, negligĂȘncia e incompetĂȘncia”, garantiu a psicĂłloga Ă  SIC NotĂ­cias.

Visivelmente revoltada, Joana Amaral Dias explicou que “houve uma ambulĂąncia que avariou, mas tambĂ©m se verificaram demoras. SĂł vinha um tĂ©cnico no INEM e sem o equipamento de reanimação como a situação estritamente ditava”.

“O resultado foi a morte. Pedimos autĂłpsia e o INEM abriu um inquĂ©rito. Aguardamos os resultados”, avançou ainda. A comentadora da TVI disse ainda sentir que a população portuguesa estĂĄ “vulnerĂĄvel, desprotegida e entregue Ă  sorte”, nĂŁo poupando nas farpas lançadas.

“Se os impostos que pagamos nĂŁo servem para acudir em situaçÔes limite, para que Ă© que servem? Para salvar bancos? E se isto pode acontecer com um homem de 73 anos a viver no centro de Lisboa, pode suceder a qualquer um de 20 ou 30, em Viseu ou em Faro, ou no interior desertificado. Pode acontecer a qualquer um. Vivemos num paĂ­s que cortou no essencial, deixou a gordura e talhou o osso, deixando as populaçÔes vulnerĂĄveis, desprotegidas e entregues Ă  sua sorte”, afiançou num tom bastante crĂ­tico.

Joana Amaral Dias recordou que o seu progenitor acabou por morrer sozinho. “É verdade que o meu pai era um doente com diversas patologias graves cuja expectativa de vida era jĂĄ limitada. Mas certamente merecia ter partido em paz e com outra tranquilidade (…) Deu os seus melhores anos ao Serviço Nacional de SaĂșde, no qual deixou talento e pele. Morreu sozinho em agonia dentro de uma ambulĂąncia que nĂŁo dispunha dos meios para o acudir. Que a sua partida sirva para que todos nĂłs e finalmente rejeitemos este futuro”, rematou.