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Henrique Gouveia e Melo recorda o pai: “Sofreu muito, até morrer”

A Televisão
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Henrique Gouveia e Melo foi o convidado da Daniel Oliveira, no Alta Definição, da SIC.

Este sábado, Daniel Oliveira esteve à conversa com Henrique Gouveia e Melo no ‘Alta Definição’. O vice-almirante contou como gostaria de ser recordado numa das fases mais difíceis que o país teve de enfrentar nos últimos tempos.

Questionado sobre como gostaria de ser recordado, o vice-almirante confessa: “Muitas vezes queremos ser importantes e significativos… Eu gostaria de ser lembrado como uma pessoa que conseguiu fazer uma coisa em conjunto com outras pessoas“.

Ter sido uma pessoa que conseguiu ajudar uma corrente a desenvolver toda a sua energia, todo o seu potencial“, acrescenta.

Durante a conversa, Henrique Gouveia e Melo recordou a sua infância e a perda do pai. “Eu tive uma infância muito livre e feliz, muito feliz. Os meus pais eram pessoas extraordinárias (…) O meu pai era uma pessoa muito extraordinária. Ao ponto de, quando eu fiz 12 anos, obrigava-me a ler os jornais. À noite, sentava-me, lia os artigos com ele e ele obrigava-me a comentar os artigos“, conta.

Vice Almirante Henrique Gouveia E Melo

“O meu pai morreu muito cedo”

Visivelmente emocionado, o vice-almirante recorda a morte do progenitor: “O meu pai morreu muito cedo. O meu pai morreu, por coincidência infeliz, morreu no dia em que eu fiz 21 anos“.

“Aquilo também foi uma marca que eu nunca mais consegui gozar os anos não é? Eu senti aquilo como um testemunho, uma passagem de testemunho, porque ele sofreu muito. Ele teve um cancro, sofreu muito, até morrer“, confessa, acrescentando: “Acho que ele morreu de propósito naquele dia, para me passar o testemunho

No dia da morte do pai, o vice-almirante Gouveia e Melo estava com ele. “Eu estava com ele. No dia em que ele morreu, eu estava com ele“, desabafa.

O vice-almirante confessou ainda qual foi a maior lição da humanidade que tirou durante o combate à Covid-19.

“A grande lição de humildade e humanidade foi saber que nós perdemos mais de 18 mil portugueses em um ano e meio. Muitas vezes pensamos que são estatísticas (…) mas são portugueses, pessoas que vivem ao nosso lado“, disse.

Foram 9 mil famílias afetadas. Não conseguir evitar isso é uma responsabilidade todos os dias. Acho que houve períodos em que poderíamos ter tido mais cuidado em conjunto e poderíamos ter salvo muitas vidas“, acrescentou, questionando: “Uma hora de vida de um idoso é menos importante que uma hora de vida de um jovem? Porquê?

“Todas as horas de vida são importantes, a pessoa deve ter dignidade enquanto vive, deve ter direito à sua vida. Não devemos ignorar isto”, rematou.

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