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Helena Almeida recorda “revolta” após morte de António Cordeiro: “A raiva era constante”

António Cordeiro faleceu em janeiro de 2021.

Ana Ramos
2 min leitura
SIC

Helena Almeida foi uma das convidadas de Júlia Pinheiro, na SIC, esta segunda-feira, e recordou a “revolta” que sentiu após a morte do marido, o ator António Cordeiro.

“Eu não sou crente. Se sou alguma coisa, sou agnóstica, por aí. Eu tinha por hábito dizer assim: ‘Isto está tudo tão mal feito! Morríamos todos, ok. Morremos todos, temos de morrer, temos de dar lugar aos mais novos, ok. Mas doenças degenerativas? Doenças oncológicas? Sofrimento? Não! Um dia, o interruptor desligava-se e estava feito’”, disse.

“Eu tinha por hábito dizer que, se encontrasse Deus, agarrava-o pelos colarinhos e dizia-lhe: ‘Olha, desculpa lá, mas esta coisa está muito mal feita! Eu fazia isto muito melhor’”, continuou Helena Almeida.

Helena Almeida confessou que tinha “uma raiva enorme” de “tudo”: “Eu não queria estar com ninguém, não queria ver ninguém… Eu estava muito revoltada! Eu acho que me alimentava de raiva”.

“É horrível! Ainda hoje não consigo lidar muito bem com isso. Já consigo lidar um bocadinho melhor, mas, naquela altura, não. Não conseguia! A raiva era constante”, contou.

“Era a injustiça da doença e de saber que há muito filho da mãe que anda por aí e que precisava de uma coisa destas para ficar quietinho e sossegadinho… e o António? É o António… Não! Por amor de Deus, não! Não, isto está mal feito”, lembrou Helena Almeida.

Entretanto, Helena Almeida começou a ser seguida na consulta de luto e a tomar medicação: “Neste momento, continuo a fazer a consulta de luto. A medicação está a começar a ser retirada”.

Veja aqui uma parte da conversa.