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Francisco Pinto Balsemão recusou reconhecer corpo da mãe após “acidente completamente estúpido”

A Televisão
4 min leitura

Francisco Pinto Balsemão esteve à conversa com Daniel Oliveira este sábado, 25 de setembro, no programa ‘Alta Definição’.

Daniel Oliveira recebeu Francisco Pinto Balsemão no programa ‘Alta Definição’, da SIC, este sábado, 25 de setembro, e levou o convidado a recordar a infância, a morte dos pais e ainda falar da sua vida política e a criação do Grupo Impresa.

A base da conversa com Daniel Oliveira foi o lançamento recente do livro ‘Memórias’. Francisco Pinto Balsemão começou por falar de Mercedes Balsemão, com quem está casado desde 1975. O casal tem cinco filhos e 14 netos.

A coisa foi andando, não foi a correr. Ela veio viver comigo. Estava separado, mas não havia divórcio naquela altura. Anteriormente tinha casado pela igreja, e ela veio viver comigo ainda antes do 25 de Abril, foi um ato de coragem, sobretudo no ambiente social em que ambos existíamos”, lembrou.

Conto com ela, como eu acho que ela sabe que pode contar comigo”, acrescentou.

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A morte dos pais

Francisco Pinto Balsemão recordou a morte dos pais, sobretudo o “acidente completamente estúpido” que a mãe sofreu em casa e que levou à sua morte.

O roupão que tinha de lã pegou fogo num aquecedor que tinha na casa de banho. O antigo primeiro-ministro e empresário recusou identificar o corpo. “Não quis ficar com essa péssima imagem, quando tinha uma imagem linda da minha mãe”, explicou.

Foi uma amiga nossa que foi ao Expresso dizer o que se tinha passado, foi um choque”, recordou. “Para a idade que tinha, estava ótima, com uma ótima cabeça, foi injusto. Durante vários dias não se recupera. É pouco a pouco, vai-se caindo na realidade e vai-se tentando aceitar uma nova realidade que é viver sem ela, sem a minha mãe”, afirmou.

Ao longo da sua vida teve muitos encontros com várias figuras internacionais, entre elas o Papa João Paulo II, Angela Merkel ou o rei emérito Juan Carlos.

Agora está ausente, nunca mais o vi, mas tivemos uma relação de miúdos, íntima, sobretudo quando ele vinha cá. E isso depois prolongou-se à medida que fomos crescendo, que eu fui tendo outras responsabilidades e ele também, e fomos sempre conversando. Lamentando tudo o que aconteceu nos últimos tempos, e não compreendendo nem como nem porquê, continuo a ser amigo dele”, contou, referindo-se ao ex-rei de Espanha.

Durante a entrevista, desabafou ainda que “há pessoas que lhe falharam da maneira mais inacreditável e inesperada”.

Senti-me muitas vezes injustiçado e que em muitos casos não valia a pena criar laços profundos de amizades com pessoas que, mais cedo ou mais tarde, acabariam por desaparecer da minha vida, uns de uma maneira simpática e correta, outros de maneiras que não me agradaram e que eu não esqueço”, acrescentou.

Daniel Oliveira questionou Francisco Pinto Balsemão sobre se pensa na morte. “Penso que há de chegar, inevitavelmente, mas não vivo apavorado com isso”, respondeu.

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