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Fátima Lopes: “Ter tido um princípio de ‘burnout’ representou assim um alerta muito importante”

“Eu já estive próximo do risco vermelho", contou Fátima Lopes.

Ana Ramos
3 min leitura

Fátima Lopes esteve, esta quarta-feira, no programa de Júlia Pinheiro, na SIC, para falar sobre o seu novo livro e revelou que já teve um princípio de ‘burnout’.

A apresentadora lançou, há poucos meses, o livro “Simply Flow, Atreve-te a Abrandar”, que tem “por inspiração” a sua plataforma dedicada às questões de saúde e bem-estar e cujas vendas estão a correr “muito bem”.

“A Porto Editora convidou-me, há uns anos, a fazer um livro sobre a plataforma e eu disse: ‘Não estou preparada. Eu não o vou fazer’. Não gosto de aceitar um convite só porque é uma coisa bonita se eu sinto que não tenho nada de especial para partilhar com as pessoas. Eu digo: ‘Talvez mais à frente, mas agora não’”, contou Fátima Lopes.

Quase seis anos depois desse primeiro convite, Fátima Lopes mudou de ideias: “Achei que já podia partilhar muito da minha história pessoal para falar das questões da saúde e do bem-estar. Eu gosto de falar disto de uma forma simples, de uma forma acessível, que não pareça uma coisa cabeluda”.

“As coisas que faço são coisas simples. Achei que, talvez pegando na minha história – e muitas pessoas não estavam à espera que eu contasse tanto da minha história, mas já me sinto pronta para partilhar – e dizendo aquilo que eu faço, algumas pessoas se atrevam não só a abrandar, mas a cuidar um bocadinho melhor delas próprias”, sublinhou Fátima Lopes.

De seguida, Fátima Lopes partilhou um pouco da sua experiência relativamente a esta temática: “Eu nunca disse ‘não’ tantas vezes como nos últimos anos”.

“Não penses que não me custa… principalmente, quando o convite para o qual me fazem é uma coisa que me estimula”, continuou Fátima Lopes, recordando algo que a sua psicóloga lhe disse. “As pessoas mais perigosas são os entusiastas, porque vão a tudo e porque gostas de fazer muitas coisas e porque têm muita energia. Ela disse: ‘Cuidado com os entusiastas. São sempre aqueles que mais facilmente pisam o risco vermelho’”, acrescentou.

“Eu já estive próximo do risco vermelho. O facto de ter tido um princípio de ‘burnout’, para mim, representou assim um alerta muito importante. Hoje, quando me aproximo de algum momento em que sei que estou a exagerar, sou a primeira a sinalizar e falo comigo própria: ‘Acalma-te, abranda. Não vai dar. Não podes ir a todas, tens de dizer não a isto, ou então dizes não agora, mas, se quiser, daqui a dois meses’. E isto exige que te escolhas. É outro tipo de disciplina”, descreveu Fátima Lopes.

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