Fátima Campos Ferreira foi, este sábado, convidada de Daniel Oliveira para o programa da SIC, “Alta Definição“. A jornalista falou sobre a sua vida profissional e pessoal, dando ênfase ao impacto que a perda dos seus pais teve na sua vida.
“Acho que é feliz que tem fé“, começou por dizer Fátima Campos Ferreira. “Só nos temos uns aos outros, apesar de saber que pus o trabalho à frente de tudo“, explicou.
Quando questionada sobre a perda dos pais, a figura pública admitiu que o livro que lançou recentemente, é uma forma de luto. “Os meus pais verbalizavam o amor, dando-nos confiança, a mim e ao meu irmão. Senti sempre amor, pela confiança que me era dada. O livro que escrevi é uma forma de fazer o luto“, afirmou. “Descer ao fundo de mim própria e escrever, custou-me. Todos os dias a minha mãe faz-me falta. O elo entre uma mãe e uma filha é indestrutível“, acrescentou.
“Fez tudo o que havia por fazer?“, perguntou Daniel Oliveira.
“Nós nunca fazemos tudo o que está ao nosso alcance. Quando a minha mãe foi diagnosticada com parkinson, nós não sabíamos bem o que era, e ainda bem, às vezes é melhor não saber. Não tínhamos ideia do que estava por vir e sinto que, como lidar com envelhecimento, é das maiores questões dos nossos dias“, confessou Fátima Campos Ferreira.
Em 2016, a jornalista foi diagnosticada com cancro da mama e referiu: “Consegui que os meus pais não soubessem. O medo não resulta para nada. Temos de perguntar sempre se há um caminho, e há, temos de o fazer“.
“O que leva dos ensinamentos dos seus pais?“, perguntou ainda o apresentador.
“Os meus pais preparam-me para saber despedir. Hoje sei que lidar com a morte é um ato de amor e que não temos outra grandeza no mundo senão o amor. Eu tenho muita esperança, e a minha maior esperança, é nos outros“, concluiu.