O Esplanada Bar 75, em Santa Maria da Feira, organizou no passado sábado, dia 7, uma festa dedicada ao COVID-19. Foram distribuĂdas máscaras e atĂ© se simularam deslocações em maca, como Ă© possĂvel ver nas imagens que foram partilhadas na Internet. Em todas elas, muitos sorrisos Ă mistura.
O caso, obviamente, tem gerado muita polĂ©mica. Por todos os motivos. Foi declarada pela Organização Mundial da SaĂşde uma pandemia, dado que o vĂrus já atingiu mais de 120 paĂses, já morreram mais de quatro mil pessoas em todo o mundo, nos Ăşltimos dois meses, devido ao CoronavĂrus, e alĂ©m disso foram utilizadas máscaras que poderiam dar jeito, por exemplo, em hospitais.
Cristina Ferreira, em ‘O Programa da Cristina’ desta quinta-feira, na SIC, manifestou-se absolutamente irritada com a situação. Explicou que, por sua vontade, mostraria o rosto de todos os presentes na festa, mas que por decisĂŁo editorial nĂŁo o iria fazer.
“Eu tenho de dizer uma coisa. Estas imagens andam aĂ todas na Internet. NĂłs, a nĂvel editorial, decidimos nĂŁo mostrar o rosto de quem lá esteve, com muita pena minha”, começou por dizer a apresentadora. “Lamento, gostava muito de mostrar os rostos da irresponsabilidade, gostava muito que tivessem vergonha, que tivessem vergonha de ter organizado uma festa neste sentido (…) Isto tira-me do sĂ©rio”, atirou.
A comunicadora, de 42 anos, lamentou também que as pessoas ainda não se tenham consciencializado sobre a gravidade do que está a acontecer no mundo inteiro e mostrou-se indignada pelo facto de ainda haver alguém que coloque a saúde em risco.
“Aquelas pessoas nĂŁo se conheciam todas umas Ă s outras. Desculpem, mas quem Ă© o parvo que quer ir para uma festa destas correr o risco de ser contaminado?” perguntou ainda, num tom notoriamente irritado.
O bar já fez saber que só organizou a festa dentro destes moldes de modo a consciencializar, precisamente, os clientes sobre este tema.
De recordar que em Portugal há já 78 casos confirmados e de acordo com as entidades competentes o nosso paĂs corre o risco de entrar, em breve, na pior fase de propagação do surto, a da mitigação, ou seja, transmissões em ambiente fechado e comunitárias.