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Dolores Aveiro vive as suas últimas ’24 Horas de Vida’ de forma genuína

Íris Neto
10 min leitura

Dolores Aveiro foi a convidada especial de Bárbara Guimarães, este domingo, no programa ’24 Horas de Vida’, na SIC.

Ao longo do programa, foi possível acompanhar as escolhas que o mãe do craque português faria se só tivesse efetivamente 24 horas de vida.

“Quando somos confrontados com o fim será que estamos preparados para dizer adeus?”, esta é a pergunta que marca o desenrolar do programa.

Dolores Aveiro começou as suas últimas 24 horas a ligar para Cristiano Ronaldo, no entanto, ele não atendeu e Dolores deixou-lhe uma mensagem: “A mãe tem muito orgulho em ti. És o orgulho da vida da mãe. Olha por todos, se a mãe faltar. A mãe ama-te muito. Beijinhos”.

Depois da chamada, a matriarca da família Aveiro foi até ao museu CR7.

“Nunca na vida pensava que [ele] chegava a este ponto. O meu filho merece, trabalha, tem um bom coração. Sempre lhe disse: Tu dás com uma mão, recebes com as duas. Foste abençoado”.

Quem gere o museu é Nuno, primo de Ronaldo, que não quis deixar de dizer umas palavras à tia: “Passávamos muitas horas juntos e é uma tia especial. Quero dizer que gosto muito dela e que é uma mulher com bastante força. Quando estávamos em Manchester falávamos muito. O Ronaldo está onde está e deve a esta mulher. Não é fácil deixar um menino de 12 anos sair da Madeira e ir à procura do seu sonho”, defendeu.

A tia também lhe dedicou umas palavras: “Eu tenho muito orgulho em ti. Faz sempre aquilo que tens feito. Sabes que o Ronaldo gosta muito de ti. A tia ama-te muito. É como um filho para mim. Eu tenho muito orgulho nele”, referiu.

Depois, Dolores Aveiro foi até à loja da filha Elma Aveiro.

“Amo muito a minha mãe. É a minha guerreira. É guerreira, lutadora, mãe galinha, é uma mãe preocupada. É a minha guerreira. É a minha amiga, a minha tudo”, referiu.

Após esta visita, a mãe de Ronaldo foi até ao restaurante da família onde cozinhou um Bacalhau à Brás no forno para a sua amiga de longa data Antónia.

“A Antónia para mim é uma irmã. Ela é uma pessoa muito especial para mim”, confessou.

Dolores Aveiro e Antónia viajaram juntas para irem buscar o Mateo e a Eva.

A matriarca da família Aveiro confessou que Antónia é um grande apoio e deixou-lhe algumas palavras: “Fiquei muito contente por entrares na minha vida. Sabes bem que fiquei muito feliz por te conhecer”.

“Quando me deu aquele problema do peito e fui operada, acompanhava-me sempre”, referiu.

Bárbara Guimarães e Dolores relembraram a sua ida para Manchester. “Valeu a pena. Pelo meu filho eu fazia tudo. Não foi fácil ir para um país fora do meu. Sentia-me sozinha, não tinha amigas. Valeu a pena”, confessou.

“Esta coisa de ir para lá e deixar de trabalhar. Senti muito”, acrescentou.

Dolores recorda o percurso do filho. “Muitas vezes o Ronaldo chorava, dizia que ia abandonar isto. Eu dizia-lhe: Se é isso que gostas, luta, vais vencer. O Ronaldo é muito forte”, revelou.

Depois de um almoço, marcado por boas memórias, Dolores quis visitar o Caniçal, zona da ilha onde cresceu.

“Isto não era assim. Era tudo calhau. Lembra-me muito a minha infância. Com 6 anos lembro-me de muita coisa. Eu nasci lá em cima. A minha mãe é daqui e tenho família aqui. Antigamente contavam-se as casas que existiam. Isto evoluiu bastante”, afirmou.

Dolores Aveiro recorda ainda que a família era muito pobre.

“Era uma casa de palha. Eramos muito pobres. Perdi a minha mãe com 6 anos. Lembro-me de coisas dessa data porque me marcou. Lembro-me de quando a minha mãe saiu daqui e veio a ambulância busca-la. Ela morreu de coração”, recordou.

Dolores Aveiro confessou que foi internada num orfanato juntamente com os irmãos.

“Ele [pai] fez bem em internar-nos. O padre da freguesia disse “José, como és homem não dás conta e os meninos vão para lá e foi a nossa salvação. O mais velho é que ficou com o meu pai”, afirmou.

“Temos de aproveitar o mais que pudermos porque a vida é bela. A morte vem e acaba tudo”, salientou.

Durante estas 24 horas, Dolores Aveiro guardou tempo para rezar.”Quando posso vou sempre a uma igreja pedir pelos meus, por todos, faço as minhas orações, peço as minhas promessas e se alcançar vou a Fátima pagar”, afirmou.

Após sair da igreja, a matriarca da família Aveiro ligou a Cátia, que tinha acabado de chegar ao Brasil e que também lhe dedicou algumas palavras.

“A minha mãe é um exemplo, é amiga, é lutadora, tem uma história de vida que inspira. Só posso dizer coisas boas dela. É aquela mãe que esquece que os filhos crescem, mas ela quer sempre o melhor para nós. Ela tenta sempre ajudar e minimizar algum problema que nós tenhamos. Só peço que ela viva muitos anos porque precisamos dela. Ela é muito importante para nós”, referiu.

Após a visita à igreja, Dolores foi visitar a irmã Laurentina.

“Eu amo ela [irmã]. Ela sabe bem. Pode contar comigo nos bons e maus momentos. Ela ajudou-me muito a criar os meus filhos”, recordou Dolores.

Laurentina também lhe dedicou algumas palavras. “Ela sabe que sempre gostei dela e sempre a achei forte. Queria ter a mesma força que ela tem. Não há nenhum favor que ela não me faça. Quando precisava contava sempre comigo. Fomos sempre juntas. Ela sabe que eu a amo bastante”, afirmou.

Depois, Dolores Aveiro decidiu acabar o dia no mar. “Se acabarmos no mar e olharmos para a terra é um sonho”.

Ao apreciar o silêncio, a mãe de Ronaldo recordou os dois momentos difíceis da sua vida marcados pela doença. “Houve coisas que me fizeram mudar muito. Em 2007 e em 2016, 9 anos depois. Não tenho palavras. Chorei muito. O meu filho tratou-me em boas clínicas e dei a volta. Sinto-me bem, graças a deus”, afirmou.

No barco, Dolores recebeu uma visita inesperada de três amigas, que se aproximavam de surpresa noutro barco.

A mãe de Ronaldo foi surpreendida por Antónia, Liliana e Fátima.

Liliana não deixou de caraterizar a amiga: “Ela é humilde, não esquece de onde vem, é muito inteligente, é simpática, boa companheira, sabe ouvir”.

Fátima partilha da mesma opinião. “Quem tem Dolores como amiga é uma amiga para toda a vida”, referiu.

Dolores Aveiro e as amigas pernoitaram no barco.

Pela manhã, existia outra surpresa preparada. O artista e amigo Vítor Freitas veio visitar Dolores Aveiro.

“Antes de conhecer esta senhora, temos de conhecer o percurso de vida dela. É uma grande mãe e uma grande senhora”, afirmou.

Por fim, Dolores escolheu a casa que Cristiano lhe ofereceu para viver com Andrade para dizer adeus.

“É o meu cantinho e traz-me boas recordações. Foi a primeira casa que o meu filho me ofereceu para viver com o Andrade”, referiu.

Dolores Aveiro deixou algumas palavras ao companheiro: “Quero dizer para ele tomar juízo, se não levas uns patins e acaba tudo” começou por referir, entre risos.

“Ele é um bom companheiro que eu tenho. Ele tem a vida dele, eu tenho a minha. Nós compreendemo-nos”, salientou.

Dolores Aveiro terminou o programa com uma forte mensagem. “Aconselho-vos a viverem um dia de cada vez, a não terem maldade com os outros, serem felizes e fazerem caso da vossa família porque a família vale muito e eu acho que a vida é tão bela que não vale a pena se chatearem. Desejo que sejam todos felizes e vivam um dia de cada vez. Beijinhos”, concluiu.