fbpx

Diana Chaves recorda morte da mãe: “Fui ao hospital e percebi que era a última vez”

André Vilar
3 min leitura

Diana Chaves tem 37 anos. Foi com esta mesma idade que, em 1992, a sua mãe faleceu vítima de um cancro deixando Diana, na altura com 11 anos, e as irmãs Sara e Petra entregues a Carlos Quintela Chaves, o pai.

Em conversa com Júlia Pinheiro, na tarde desta terça-feira, a atriz e apresentadora contou tudo sobre o trágico acontecimento na sua vida e a forma como deu a volta por cima à situação. Diana começou por frisar: “Eu não cresci com uma mãe, não tenho o termo de comparação. Sofri porque não tinha a minha mãe, mas eu não sei o que é ter tido. Sei que tive muito amor, muita atenção. Eu tive tudo da minha avó, das minhas tias…. Esse amor nunca me faltou”.

Mãe de Pilar, uma menina de 7 anos, Diana Chaves assume não ter medo de que, um dia, a sua história de vida se repita com a filha: “Isto às vezes pode ser muito traumático, segundo os psicólogos, há um medo que depois de sermos mães isto volte a acontecer, o de deixar os nossos filhos completamente desamparados como nós ficámos.Uma vez perguntaram-me se eu tinha esse medo. Eu respondi que não, porque se isso acontecesse eu sei que a Pilar ia ter muito amor à volta dela. Tem o César, o meu pai… Porque eu consegui ser feliz na mesma, tive imenso amor, essa é a prova de que eu superei”, disse sem hesitar.

A apresentadora do Casados à Primeira Vista garante ter superado a perda da progenitora mas confidencia que o acontecimento a desligou da crença em Deus: “Na altura eu perguntava se Deus existia. Eu pedia muito a Deus para que a minha mãe ficasse boa. Rezava todas as noites para que ela ficasse curada. Lembro-me muitas vezes de pedir e Deus não me ouviu. Ainda hoje a minha sogra diz-me «se Deus quiser e eu respondo ‘se Deus quiser não, se eu quiser’» , se calhar é aqui que se nota um bocadinho alguma revolta.”, confessou.

Quase 27 anos depois Diana Chaves ainda tem bem presente, na memória, o dia em que ficou sem a mãe: “Estávamos em casa, eu, a minha avó, a minha tia da parte da minha mãe e a minha prima. A Sara era muito pequenina e a Petra estava fora. Foi a minha prima que me disse. Fui tomada pela tristeza, eu tinha alguma noção que podia acontecer, eu sabia que… Quando fui ao hospital eu percebi que era a última vez… mas lembro-me que foi uma tristeza avassaladora e também tive alguma revolta. Não me corroeu, o amor consegue dar a volta a tudo. E se há coisa que nunca me faltou foi amor”, relatou, visivelmente emocionada.