«Estávamos em casa de Francisco Sousa Tavares e Sophia de Mello Breyner, num jantar, e o Dr. Francisco Pinto Balsemão disse assim: ‘estou a pensar lançar uma realidade que não existe em Portugal, que é um semanário jornal, mas que ao mesmo tempo é diário do dia em que sai’. O que parece uma evidência hoje era fututologia na altura. Não havia [em Portugal]», foi com esta confidência que o atual Presidente da República Portuguesa recordou o mote que deu início ao semanário Expresso e ao atual grupo Impresa, que também detém a SIC.
No mesmo discurso, Marcelo Rebelo de Sousa destacou o vanguardismo do projeto, que surge ainda numa altura em que o país era governado pelo Estado Novo. «Aquilo que começou num projeto arrojado, com censura, num momento difícil da vida portuguesa converteu-se numa realidade muito maior. É uma alegria, em termos democráticos, reconhecer o percurso que foi feito».
Para o presidente dos afetos, a aposta que a Impresa fez na restruturação da atividade do grupo, com o investimento no setor, através desta nova sede e com a crescente aposta nos media, merece «o agradecimento do Presidente da República». «É precisa ousadia para dar o passo que hoje se dá. Num momento em que sabemos que é complexo na comunicação social por todo o mundo, ter a determinação e ousadia de dar este passo, é um bom sinal de democracia. Isso, o PR deve agradecer em nome de Portugal».
