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Custódia Gallego está «contente» com a «Áurea» de «Dancin’ Days»

A Televisão
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Custódia Gallego pode ser vista, de segunda a sexta, em «Dancin’ Days», novela da SIC onde dá vida a «Áurea», uma mulher bipolar. Tratando-se de um remake, a personagem da atriz já existia na versão original da novela (papel interpretado por Yara Amaral), mas na produção da década de 70 da TV Globo a personagem não sofria daquela doença.

A ideia de tornar a personagem uma doente bipolar «Partiu de uma reportagem que falava sobre o investimento farmacêutico em doenças do foro psicológico e psiquiátrico», conta Pedro Lopes à revista Notícias TV, autor da versão nacional de «Dancin’ Days» e responsável pela adaptação da novela à realidade e atualidade portuguesa. O guionista recorda que quando lia o jornal achou «que seria muito interessante abordar porque há cada vez mais pessoas que sofrem desta doença crónica e que as acompanha para o resto da vida, mas não tem de ser uma coisa escondida, não tem de ser uma vergonha, portanto, achei que do ponto de vista dramático seria muito interessante abordá-la e ao mesmo tempo poder ajudar de alguma maneira a que se desmistifiquem algumas coisas, e que se possa também trazer alguma informação às pessoas».

A atriz, quando começou a dar vida a «Áurea», sentia-se insegura com este trabalho, mas «Fiz investigação sobre os comportamentos desta personagem enquanto doente porque comecei a novela sem o problema estar diagnosticado. A partir do momento em que conheço a personagem que estou a fazer, neste caso a “Áurea”, deixo de achar difícil e o difícil passa a ser prazenteiro. Mas sim, tem a sua dificuldade uma vez que é diferente das outras personagens que também foram difíceis», contou Custódia Gallego à mesma publicação. Esta personagem acabou por alcançado, junto do público, uma enorme aceitação: «Estou contente, estão a ver não só o meu novo trabalho como estão a gostar. E isto motiva-me», revelou a atriz.

Quanto ao percurso da personagens nos próximos episódios da novela, Pedro Lopes não se quer adiantar muito, mas admite que «O que nós queremos é que todas as personagens tenham percursos que sejam surpreendentes para o telespectador, que sejam cheios de reviravoltas. Portanto, obviamente, a “Áurea” é uma personagem que tem essa possibilidade de continuar a crescer.». Já Custódia Gallego conta um pouco do que se poderá ver: «Ela vai querer fazer coisas ao namorado do marido (“Germano”, personagem de Paulo Pinto) por despeito, como é evidente, como faria se não fosse bipolar, mas descontrola-se um bocadinho. A doença ajuda a esse descontrolo». No que toca ao final, ainda longe de chegar ao ecrã, a atriz prefere não criar cenários possíveis, mas conta à mesma publicação que «Estou habituada a não criar histórias sozinha. Fico à espera do que escrevem e invisto a minha energia, a minha criatividade e a minha imaginação na interpretação daquelas ações. De um ponto de vista romântico, gostava que ela organizasse a sua vida, que continuasse com aquele espírito um bocadinho afoito, não perdesse esse espírito, não ficasse mais lenta no seu comportamento, mas queria que ela não ficasse uma mulher amargurada, porque é muito fácil nestas situações despir-se facilmente do difícil que é seguir com a sua vida para a frente», concluiu.

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