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Constança Braddell: “Nem me via ao espelho porque me assustava com o que via”

Vanessa Jesus
3 min leitura

Constança Braddell ficou conhecida após fazer um apelo desesperado na internet. Esta segunda-feira, dia 26 de abril, foi entrevistada por Júlia Pinheiro, na SIC.

Constança Braddell tinha 3 meses de idade quando foi diagnosticada com fibrose quística. Os pais separaram-se quando ela era muito nova, mas não foi algo que a incomodou porque os dois continuaram muito presentes na sua vida.

Constança Braddell percebeu que tinha a doença por volta dos 8 anos. “Sempre tive aquela coisa de não terem pena de mim e sempre tentei esconder um bocado”, afirmou, revelando que inventava que tinha asma para não saberem a gravidade da situação.

“Já tive essas fases da revolta, do porquê a mim”, afirmou. No início do ano passado o seu estado de saúde piorou durante uma viagem ao Brasil. Na altura, pensou que fosse por causa do clima tropical. “Comecei a ficar com febre e percebi que estava com uma infeção”, contou.

Regressou a Portugal e começou a fazer antibiótico. Constança Braddell Conheceu o namorado nessa altura e acabaram por ‘confinar’ juntos, uma atitude da sua cara-metade que a sensibilizou muito.

Em janeiro deste ano chegou aos 42 kg e a solução era o transplante pulmonar. Contudo, fez pesquisas e descobriu um medicamento eficaz para a doença e assim evitar o transplante que a assusta.

O medicamento ainda não havia em Portugal e cada vez estava mais assustada porque a função pulmonar já estava a funcionar a 30%. “Eu já nem me via ao espelho porque me assustava com o que via“, contou, afirmando que o seu aspeto físico começou a mudar muito.

Como tinham esgotado todas as possibilidades de obter o medicamento, decidiu fazer um apelo nas redes sociais. “Não estava a acreditar na onda de  solidariedade com o meu apelo“, desabafou. O seu apelo também ajudou outras pessoas a conseguir o medicamento.

Conseguiu angariar 200 mil euros em pouco tempo e a Infarmed aprovou. Em menos de uma semana estava a tomar o medicamento: “Senti logo melhorias desde o primeiro dia“, afirmou, recordando que deixou logo de usar o ventilador.

Uma vez que o Infarmed aprovou o medicamento as doações do portugueses continuam guardadas para o caso do apoio não continuar. Caso contrário, as pessoas poderão pedir o dinheiro, senão irá para alguma causa relacionada coma doença.

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