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Cláudio Ramos defende polémico programa da SIC: “Tem uma belíssima parte pedagógica”

Ângela Coelho
4 min leitura
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Depois da estreia do novo programa da SIC, Quem quer casar com o agricultor?, e da TVI, Quem quer casar com o meu filho?, foram muitas as vozes conhecidas e anónimas a insurgirem-se contra os dois formatos televisivos por os considerarem machistas e sexistas. Cláudio Ramos escreveu um longo texto no seu blogue a explicar a sua opinião.

O cronista social começa por contar que prefere o formato da SIC ao da TVI, e que isso nada tem a ver com o canal em que os programas são transmitidos. Conhecedor das versões estrangeiras dos dois programas, Cláudio Ramos afirma que o Quem quer casar com o agricultor? sempre o fascinou e até ambicionava ser o apresentador do mesmo. “Não só pela sua vertente de entretenimento com a belíssima parte pedagógica que a ele está inerente e que só não vê quem não quer”, continua.

O “vizinho” de Cristina Ferreira acredita que esta poderá ser uma interessante “experiência social”: “Mostrar ao mundo que a agricultura faz parte do meio de sustento de muita gente e que essa gente não é toda igual, que nem todos os agricultores são burros e analfabetos, ou agro-betos,  que há um mundo de vida entre uma coisa e outra, perceber que nem toda a gente que trabalha a terra vive isolado do resto do mundo e não é um pedaço de ‘barro’ sem coração… eu sei o que digo, porque como venho do campo sei que há muita gente que olha de lado para quem lá vive e que lá trabalha.”

Relativamente aos comentários que dizem que o programa é machista e que as mulheres são tratadas como “gado”, Cláudio Ramos não ficou indiferente a isso: “Sou dos que respeita todas as opiniões e apelo muito à liberdade, por isso mesmo é importante perceber que as candidatas do programa estão ali de livre vontade na busca de uma experiência social que – aos seus olhos – as beneficiará a elas e a eles.”

“Gostava muito que todos percebêssemos que a televisão tem o fim de entreter, que uma televisão privada além de entreter tem a função de criar audiência e lucro. Esse é o caminho. Partindo do princípio fundamental que somos todos livres de fazer o que nos apetece, desde que não se interfira na liberdade do próximo, que direito temos nós de condicionar as mulheres de participarem num programa onde procuram o amor, borboletas na barriga, a exposição, ou a legitima vontade de aparecer? Não somos ninguém para o fazer. Porque da mesma maneira que há mulheres que resolvem não fazê-lo e o mundo apoia, o mundo tem a obrigação de respeitar a escolha contrária desde que seja feita de livre vontade”, escreveu o apresentador, apelando assim ao respeito pelas escolhas individuais de cada um.