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Cláudio França sobre estreia como pivô: “Comecei a aperceber-me da representatividade”

“É engraçado que as pessoas, quando me vêm falar, dão-me os Parabéns, obviamente, mas dizem-me: ‘Olha, tu mostraste-nos que é possível’."

Ana Ramos
3 min leitura
SIC

O jornalista Cláudio França foi um dos convidados de Júlia Pinheiro, esta quarta-feira, na SIC, e falou sobre a exposição mediática que tem tido após a sua estreia como pivô, em 2020.

“Quando tu apareceste no ecrã, tens a perfeita noção disso, que ia causar um grande impacto. Representas uma enorme comunidade de pessoas que não têm tanta representatividade como deveriam ter nos media portugueses. És um homem negro, és um homem com rastas… não sei se foi uma coisa que pensaste muito?”, quis saber Júlia Pinheiro.

“Não pensei na altura”, respondeu Cláudio França. “Cada vez mais é normal o reconhecimento na rua, a abordagem na rua e a abordagem de negros na rua. Pelas mensagens e pelas coisas que me dizem e pelas mensagens que vou recebendo também através das redes sociais é que me comecei a aperceber da representatividade, quem é que eu representava e o peso que eu tinha ao aparecer em frente às câmaras”, completou.

“É engraçado que as pessoas, quando me vêm falar, dão-me os Parabéns, obviamente, mas dizem-me: ‘Olha, tu mostraste-nos que é possível’”, contou Cláudio França, referindo que esta questão começou a pesar-lhe “mais agora do que pesou no início”.

Em setembro de 2020, Cláudio França surgiu pela primeira a apresentar um jornal de informação, na SIC Notícias, e, a partir daí, tem vindo a ter alguma exposição mediática. Na altura, confessou que acabou por desligar o Instagram e o Facebook: “Comecei a receber muitas mensagens”.

“Era algo que nós já tínhamos falado sobre isso – quando digo nós, o Rodrigo e também o Ricardo -, obviamente que abordamos esta questão, o que poderia acontecer, as mensagens que eu poderia receber, principalmente, as mensagens de ódio que poderia receber e todo o aparato que poderia causar. Mas eu acho que ninguém estava à espera do que realmente causou”, recordou Cláudio França.

Cláudio França referiu que não chegou a receber mensagens de ódio numa fase inicial: “Obviamente que, depois, mais para a frente, chegaram algumas”.

Sobre chegar a pivô principal, o jornalista reagiu: “O tempo o dirá, mas acredito que sim. A oportunidade vai chegar, com toda a certeza, com trabalho. Esse não é um objetivo, mas é o caminho para chegar”.

Veja aqui uma parte da conversa.

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