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Clara de Sousa recorda morte do pai: “Angustiando, chorando”

A Televisão
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Clara de Sousa foi a convidada do ‘Alta Definição’ deste sábado, 2 de outubro. A um dia de se estrear na condução da gala dos Globos de Ouro, a jornalista abriu o coração a Daniel Oliveira.

Daniel Oliveira esteve à conversa com Clara de Sousa, este sábado, 2 de outubro, no programa ‘Alta Definição’, da SIC. Na véspera de se estrear na condução da gala dos Globos de Ouro, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a jornalista recordou uma das fases mais complicadas da sua vida.

A jornalista, de 53 anos, contou que o trabalho é o seu escape em situações mais complicadas

Já passei por situações em que preciso de uns dois, três dias em casa para recuperar, mas há sempre uma vozinha que me diz ‘mulher, levanta-te do chão, não te podes entregar a esse buraco, a esse abismo, faz o que quiseres, mas vai em frente’. E foi o que eu fiz sempre“, começou por dizer a pivô do ‘Jornal da Noite’, referindo-se à maneira como se ergueu numa das fases mais complicadas da vida.

Quanto ao período mais crítico da pandemia, Clara de Sousa confessou que a sua maior preocupação foi sempre o pai, que faleceu no passado dia 31 de julho de 2021.”Neste período, a minha maior preocupação foi mesmo o meu pai“, notou.

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Foste gerindo de que forma?“, questionou Daniel Oliveira. “Tentei estar otimista, mesmo sabendo que a velhice é uma coisa muito dura. Angustiando, chorando, tentando estar otimista, mas sabendo que é a velhice é uma coisa dura. A falta dos que partem está sempre ocupada naquele cantinho em que eles estão.“, respondeu a jornalista.

“Estão sempre ali naquele cantinho. Não estão fisicamente, mas estão”, acrescentou.

A morte da mãe

Em 2002, a mãe da jornalista faleceu, com 57 anos. “Emagreci quilos e quilos porque estava mesmo angustiada, mas encontrei sempre força para ir trabalhar, ganhar ânimo, ganhar foco. Ir abaixo todos vamos, o que importa é a capacidade de nos reerguer-mos“, disse a Daniel Oliveira.

Emociona-se ao recordar a morte da cadela

Um dos momentos em que Clara de Sousa mais se emocionou foi ao recordar a morte da cadela Urfi, em janeiro deste ano. “A partida dela foi muito dura. Ainda nem consegui lançar as cinzas dela“, disse.

São 11 anos da tua vida com uma cadela que tem traços de personalidade como eu nunca conheci. Adorava-nos a todos, com uma inteligência fora do normal, com uma forma de nos acarinhar“, lembrou, contando de seguida o que sentiu quando a cadela começou a adoecer. “Quando começa a definhar, acreditava que ela ia recuperar… e percebes que não há mais que possas fazer”, acrescentou.

Eu não consigo fazer nada antes do tempo… Eu não me importo de cuidar. A única altura em que eu percebi que já não conseguia cuidar, foi quando a minha filha me veio dizer ‘mãe, agora já chega. Agora já não dá’. Já estava cheia de escaras. E é naquele momento em que eu estou perdida, que não sou capaz de largar, e ela está a olhar para ti… E eu penso ‘será que ela me está a dizer deixa-me ir ou será que ela está a dizer cuida de mim?“, afirmou

Clara de Sousa revelou ainda que não conseguiu acompanhar Urfi nos últimos dias de vida e que pediu aos filhos para o fazerem. “Disse ‘tratem vocês, porque eu não sou capaz de pegar e levar’. E eles levaram”.

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