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Clara de Sousa garante que não criticou os colegas de profissão: “Polémica sem sentido”

Duarte Costa
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Clara de Sousa garante que não criticou qualquer colega de profissão que esteja ou tenha estado na Ucrânia, depois do início da guerra. “Achei ridículo e não dei importância”, explicou a pivô do Jornal da Noite, da SIC.

Declarações feitas por Clara de Sousa, há um mês, geraram várias notícias de que estaria a criticar os jornalistas que viajaram para a Ucrânia.

Não gostava. Não sou repórter de guerra. E também acho que as pessoas não podem ir de ânimo leve para este tipo de palcos. As pessoas devem estar onde são mais necessárias. Se eu sou mais necessária no estúdio para distribuir jogo, obviamente que são os meus colegas que têm mais treino em cenários de guerra que devem ir para lá. Porque isto de estar num palco de guerra não é uma coisa simples“, disse à revista Nova Gente.

Não faz sentido um pivô ir cobrir uma guerra. Fazer o quê? Fazer aquilo que as outras pessoas fazem, que é meter os seus pivôs a 500 quilómetros de onde as coisas estão a acontecer? Para isso não me parece que valha muito a pena. Acho melhor estarmos cá“, acrescentou.

Pouco tempo depois, José Rodrigues dos Santos respondeu. “O que posso dizer em termos gerais sobre Lviv é que, estando a RTP coberta em Kiev, fazia todo o sentido estar em Lviv. Isto por duas razões. A primeira é que Lviv era o epicentro do êxodo massivo de deslocados de guerra, acontecimento de grande gravidade que requeria cobertura imediata. A segunda é que, nos primeiros dias de guerra, supunha-se que, pelas suas características, a invasão russa se destinava a toda a Ucrânia“, disse à revista TV Guia. “Nenhum repórter pode ser obrigado a cobrir uma guerra no teatro de operações contra a sua vontade“.

Agora, uma vez mais à revista Nova Gente, Clara de Sousa comentou a polémica que se gerou.

Estou muito surpreendida como declarações minhas, a 8 de março, poucos dias depois do início da guerra na Ucrânia, foram deturpadas e descontextualizadas, dando origem a uma polémica sem sentido. Quando vi, pela primeira vez, o título de que estava a criticar colegas meus que iriam cobrir uma guerra, achei tudo aquilo ridículo e nem dei muita importância“, referiu.

Mas, desta vez, o monstro começou a alimentar-se de si mesmo e a viver com base na falsidade. Por isso, acho que é necessário esclarecer quem andou desatento ou apenas olhou para títulos gordos sem qualquer sentido. Nas declarações que fiz dizia que não gostaria de ser enviada para um cenário de guerra, porque devemos estar onde somos mais necessários, e que eu, sendo mais necessária em estúdio, deveria lá ficar, deixando que outros jornalistas, que habitualmente estão no terreno, fossem enviados para o cenário de guerra“, explicou.

Referi-me nomeadamente aos tempos em que os primeiros a irem eram a Cândida Pinto ou o Paulo Camacho. Aliás, desejei a todos os jornalistas no terreno um bom trabalho e que regressassem bem, em segurança“, concluiu.

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