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Clara de Sousa e o salário: “Qualquer miúdo numa consultora ganha mais”

Duarte Costa
3 min leitura
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Clara de Sousa deu uma entrevista ao Expresso, jornal cuja redação se localiza no edifício Impresa. É também ali que a parte informativa da SIC está situada.

Pouco tempo depois de ter sido o rosto principal da gala deste ano dos Globos de Ouro, da SIC, Clara de Sousa foi entrevistada pelo jornal Expresso. A meio da conversa, foi recordada sobre o dia em que fizeram uma Barbie dela própria.

Sim, fizeram de várias pessoas, da Catarina Furtado, da Cristina Ferreira… A Barbie fez aquilo e avisou-me. Não pensei: «Oh que horror, querem fazer de mim uma Barbie»…“, comentou. Sobre se lhe pagaram para usarem a imagem dela, a pivô do ‘Jornal da Noite’ desenvolveu uma resposta mais longa.

Não. Nada. São estratégias às quais hoje é muito difícil escapar, mesmo no dia a dia. Desde logo, a começar pelos patrocínios que temos para o jornal, as chamadas ajudas à produção. Neste momento, isso é muito complicado. As casas não têm budget“, começou por explicar Clara de Sousa.

Acha que eu podia fazer os Globos e o João Rolo podia fazer-me aquele vestido sem falar nele? E, no entanto, eu não tenho nenhum retorno. Ele está a ter retorno. A SIC, se calhar, também está a ter retorno“, revelou.

Sou jornalista? Sim, Sou. Tem riscos? Tem. Na altura, e depois do choque inicial, achei que fazia sentido fazer os Globos de Ouro, e fi-lo, com a mesma verdade de sempre. Não era a jornalista que estava ali a apresentar, embora a imagem da jornalista nunca tenha desaparecido“, considerou.

Por mais descontraída que me apresente — e até acontece, porque tenho o meu hobby da cozinha e bricolage — acho que a imagem da jornalista nunca desaparece. Julgo que encontrei o tom correto para fazer os Globos. Podem questionar: «Fiz bem? Fiz mal?». A verdade é que tomei a decisão de fazer e fiz com a mesma verdade de sempre. Tal como fui receber a Barbie, levei aquilo até na brincadeira“, garantiu.

Depois há também as questões salariais, mas nem me vou meter por aí. Qualquer miúdo numa consultora ganha mais. A casa é que devia ter a obrigação de comprar tudo, e logo nós não tínhamos de falar de nada“, acrescentou, por fim, Clara de Sousa.

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