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Chamadas para a SIC dão mais lucro do que a publicidade no Expresso

A. Oliveira
3 min leitura

O grupo Impresa fechou o primeiro semestre de 2019 no verde, não só em termos audiométricos como no que aos lucros diz respeito. O grupo fechou o semestre a lucrar mais um milhão de euros do que em 2018 e só a necessidade de compensar os prejuízos e a dívida anterior fizeram com que o valor não fosse superior. 

No total, o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão subiu em 38% o resultado liquído semestral face aos valores de 2018, com os lucros a atingirem os 3,5 milhões de euros, numa altura em que Cristina Ferreira faz furor na grelha da SIC.

Se o primeiro trimestre tinha sido marcado pela pressão do investimento feito em Paço de Arcos, o segundo trimestre sobreviveu sem esse condicionamento, o que permitiu que o grupo tivesse o mairo lucro conseguido em cinco anos.

Como justificação para o aumento do lucro, o grupo sublinha o “bom desempenho verificado em todas as linhas de receitas” da televisão, exceto na subscrição de canais.

A entrada de Cristina Ferreira na antena da SIC trouxe, não só a liderança ao canal, como também conseguiu tornar o canal generalista mais rentável.

Há, todavia, um fenómeno que salta à vista no relatório apresentado à CMVM. A par da subida dos lucros, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu mais de 12%, para 11,6 milhões de euros, suportado no segmento de TV. Em sentido inverso, o EBITDA de publishing (imprensa) decresceu 89,4%, para pouco mais de 38 mil euros, fruto de uma queda de dois dígitos nas receitas com “produtos alternativos”.

Com a TV em crescimento e a afirmação de Cristina Ferreira na grelha, o grupo viu aumentar as receitas com as chamadas de valor acrescentado, passando até o valor das receitas em publicidade no segmento de imprensa, de onde se destaca o Expresso. De acordo com o relatório, as chamadas terão rendido no primeiro semestre cerca de 6,4 milhões de euros, ao passo que a publicidade na imprensa garantiu 6,2 milhões de euros ao grupo.

De forma genérica, os vários segmentos de negócio valeram à Impresa receitas totais de 88,8 milhões de euros, tendo Francisco Pedro Balsemão destacado o semestre como “histórico”.