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Caso Zé do Pipo: “Quanto mais fundo cavamos nesta história, mais pormenores encontramos”

André Vilar
4 min leitura

O caso de Nuno Batista, desaparecido em novembro, continua a dar que falar. Esta manhã, n’ O Programa da Cristina o assunto voltou a ser abordado por Luís Maia. O repórter confidenciou: “Quanto mais fundo cavamos nesta história, parece que mais pormenores encontramos”.

A verdade é que, como se tem verificado na imprensa, os pormenores do caso surgem a toda a hora e sempre a conta-gotas. Luís Maia esteve no local onde o automóvel de Zé do Pipo foi encontrado dois dias depois de ter sido dado o alerta de desaparecimento. O repórter esteve à conversa com Mário, o homem que deu pela presença do veículo. “Pelo tempo que o carro estava ali. Eu, de dentro da minha casa, estava a ver ali o carro há muito tempo. Quando é alguém que pára ali o carro e vai ao pontão não leva tanto tempo e eu estava a ver tempo demais», contextualizou o senhor.

Mário refere, ainda, que a polícia não terá chegado, sequer, a fazer uma peritagem ao automóvel. “A polícia só ouviu o que o casal disse, o casal era da família da mulher. Primeiro foi a mulher que abriu o carro, é quando encontra carteira, o casaco e o telemóvel. Entretanto, chega um outro senhor e é que leva depois o carro. A polícia não levou o carro. Foi a família da mulher levou o carro”, contou ainda.

Na Análise Criminal, feita durante a emissão desta manhã do programa da SIC, António Teixeira e Hernâni Carvalho comentaram o desenvolvimento do caso. Ambos chegaram a acordo no que diz respeito às falhas da investigação e garantiram que haverá muitas mais respostas por apurar. “Eu defendi aqui que, provavelmente, tinha sido um suicídio, tendo em conta aquilo que sabíamos. Colocou-se a questão de ele ter ido para outro lado, mas ele precisava de carteira e dos documentos”, disse António Teixeira.

Por sua vez, Hernâni Carvalho aproveitou para lançar duas criticas à polícia: “Para mim, o que é estranho é a polícia ter entregado o carro. Então? Não há uma peritagem ao carro? Quem é que me garante que dentro do carro não foi mexido por mais ninguém? Devia ter sido feita uma peritagem à carteira, ao telemóvel. Inclusivamente, o carro já foi vendido.”, referiu, acrescentando ainda: “não foi feita uma avaliação ao computador porquê? Podia ter sido avaliado rapidamente e depois se entregue para a família vender. Para a hipótese muito remota de ele ter fugido, havia de haver passos no computador que indicasse…O que é preocupante é que a vida da mulher fica em suspenso, a vida dos filhos fica em suspenso. O dinheiro é importante para as pessoas comerem, para as pessoas irem para a escola”.

Recorde-se que Nuno Batista está desaparecido há mais de três meses e que deixou, para trás, a esposa e dos filhos menores.