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Carla Andrino vomitava atrás dos palcos durante luta contra o cancro

André Vilar
3 min leitura

Carla Andrino esteve, esta quarta-feira, à conversa com Júlia Pinheiro no programa das tardes da SIC onde recordou aquele que foi um dos momentos mais difíceis da sua vida.

A atriz confessou que o diagnóstico de cancro da mama a surpreendeu mas que a presença contínua da família foi uma grande ajuda: “A família foi chamada, não, a família esteve lá, esteve lá em peso e, às vezes, muitas vezes, sem falar, não é preciso, tudo é comunicação”. Aliás, questionada sobre o estado emocional em que se encontrava na altura da doença, Carla Andrino deixou Júlia espantada: “Emocional e psicologicamente eu estava fortíssima… Com muito respeito e sem medo… Isto norteou sempre o meu processo, onde, fisicamente, fiquei debilitada, mas psicologicamente eu estava fortíssima”.

Visivelmente emocionada a apresentadora da SIC revelou saber que, embora aparentemente firme, a atriz viveu tempos conturbados nunca desistindo de trabalhar mas, por vezes, até chegando a vomitar atrás das cortinas, no palco, entre uma e outra atuação. Para além dos palcos e do pequeno ecrã, Carla Andrino não deixou, também, de dar consultas de psicologia já que esta é a sua área.

“Eu precisava de me sentir viva e de mostrar à vida ‘olha, eu estou aqui’”, confidenciou, em direto. Sempre de sorriso no rosto, a atriz aproveitou para confessar não entender certos comentários: “O que me irrita um bocadinho: ah ela é uma guerreira, os que morrem não são guerreiros? Correu bem, acho que é uma injustiça enorme quando dizem ‘ela é uma guerreira’, parece que os outros não lutaram, quantos não lutaram até à morte?”, disse, deixando o estúdio em silêncio.

De mão dada com o marido, Mário Rui, e surpreendida pela filha, em estúdio, a atriz não conteve as lágrimas, sobretudo quando a, também atriz, Marta Andrino falou sobre si: “A minha mãe conseguiu melhorar os defeitos vincados, as posturas da vida e torná-los mais suaves, o que a  tornou muito mais feliz. Foi um processo natural e, ao mesmo tempo, harmonioso para todos”.