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Bruno Nogueira e Joana Marques reagem aos reality shows da SIC e TVI

A. Oliveira
5 min leitura

Os programas estrearam no domingo. Segunda e Terça-feira as reações não se fizeram esperar. Das redes sociais aos jornais, das televisões às rádios, muitas foram as vozes que se expressaram a sua opinião.

Depois de Ricardo Araújo Pereira ter falado sobre os dois programas na rúbrica Mixórida de Temáticas da Rádio Comercial, também Bruno Nogueira no espaço da TSF, Tubo de Ensaio, e Joana Marques, na Renascença, analisaram os dois programas e não deixaram as críticas por mãos alheias.

Na TSF, Bruno Nogueira começou logo por anunciar ao que ia, esta terça-feira. “Foi com algum choque que assisti à estreia dos novos reality shows da SIC e TVI. Para ser sincero o da SIC, ‘Quem quer casar com o agricultor?’, não me prendeu muito e até acho que tem um lado pedagógico. Devia ser apoiado pelo PAN. Arranjar namorada para um agricultor pode ser positivo, porque assim evita-se que algumas galinhas e gado bovino de pequeno porte sofram na pele a solidão do agricultor”, ironizou.

Criticando o nome dos programas, o humorista garante – sobre o programa da TVI – que “o nome devia valer bullying para o resto da vida aos filhos destas criaturas. Isto é pior que as mães que levam os filhos até aos 16 até à porta do liceu”.

O humorista foi ainda mais longe e invocou as celebrações do dia internacional da mulher para criticar de forma cáustica a forma como foram apresentadas as mulheres no programa de Leonor Poeiras.

Não vale a pena sequer referir que, 48h depois da grande celebração do dia da mulher e da independência da mulher, temos um programa em que um tipo está sentado num sofá com a mãe ao lado e entram mulheres por uma porta, tipo gado, e são questionadas por um menino da mamã e pela sogra com perguntas do género ‘Sabe cozinhar? O meu filho gosta de comer muito’

Sem encontrar explicação para o fenómeno de agora os homens recorrerem às televisões para encontrarem a alma gémea, Bruno sublinha que também “não vejo explicação para isto. Mulheres tratadas como gado, como se a mulher casasse para ir fazer de mamã do marido. Tipos que querem seduzir uma mulher e levam a futura sogra”.

Já na Renascença, Joana Marques – que além de radialista é também comentadora d‘O Programa da Cristina -, sublinhou que “Não deve haver nada pior do que ser maior e vacinada e ter os paizinhos a falar por nós como se estivessem numa reunião de encarregados de educação do 5.º ano”.

Com a sua atenção apontada para Quem Quer Casar com o Meu Filho, a comediante não tem dúvidas e diz que as mães ainda deviam “cortar o bife aos filhos” e brincou também com o facto dos filhos não serem tidos nem achados nas decisões, recordando que “nem eu falo pelo meu filho, e ele tem dois anos”.

Recorrendo ao título do programa da TVI, Joana não tem dúvidas: “Quem quer casar com estes filhos? Aparentemente niguém, a não ser as próprias mães. Que fiquem juntos, sejam felizes para sempre e não chateiam as outras pessoas”.

Criticando abertamente a atitude das mães “protetoras” da TVI referiu que “Isto é gente que se habituou a decidir pelos filhos. Começou por decidir coisas normais como o colégio em que andam e a roupa que vestem, mas depois nunca mais conseguiram parar e agora vão decidir com quem casam. Tem de ser alguém que lhes dê borboletas na barriga e lhes faça o coração palpitar — a elas, às mães, não aos filhos”.

Para a final do programa, a colega de Ana Galvão vaticinou uma boa alternativa: “Acho que como castigo para esta gente toda deviam ser as mães a casar com as raparigas”.