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Betty Faria revela: “Sofri muita pressão de colegas atrizes invejosas”

Renata Cunha
4 min leitura
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Betty Faria esteve este sábado no programa ‘Alta Definição’ para uma conversa com Daniel Oliveira, onde falou sobre a sua prestigiado carreira.

A atriz brasileira, de 77 anos, protagonizou a novela ‘Tieta’, em 1989, tendo-se tornado uma das mais famosas atrizes. Apesar disso, esse sucesso trouxe-lhe alguns dissabores normais de quem atinge o estrelado: a inveja e os ciúmes dos colegas de trabalho.

“Sofri muita pressão de colegas atrizes invejosas. Faziam complôs contra mim e eu trabalhava tanto que não percebia”, começou por dizer.

Através de queixas de si aos produtores, os colegas alegavam que a atriz demorava muito tempo a trocar de roupa. “Foram coisas que eu não me esqueci de colegas atrizes”, recordou.

“Tive uma pneumonia no meio da novela [Tieta] e elas duvidaram que fosse uma pneumonia”, revelou, sublinhando que  esses momentos são o lado mais triste do meio artístico. “O que sempre foi muito difícil para mim foi constatar a competição feminina no mundo artístico”, lamentou, ainda.

A atriz reforçou também que o sucesso, a competição e o protagonismo são para pessoas fortes.

Mesmo face a toda a inveja e críticas de que foi alvo, Betty Faria admitiu que nunca deixou de ver o quanto era bonita.

Em 2013, voltou a sentir o peso dos comentários negativos quando decidiu ir à praia de biquíni. “Foi um momento de estupidez coletiva, de inveja. Eu não estava tão feia assim”, afirmou enquanto relembrou que muitos a criticaram por usar biquíni com 72 anos.

Apesar da polémica que se criou na época à volta disso, Betty Faria afirmou foi um mal necessário. “Deu força, encorajou outras mulheres a não terem vergonha de envelhecer”, frisou.

Betty Faria recordou também um episódio em que encontrou a atriz Lília Cabral e percebeu que ela estava a passar pelo mesmo. “Eu disse-lhe: ‘Lília o protagonismo é muito solitário, você está precisando de um abraço forte’, ela estava totalmente sem energia. Está ali trabalhando o tempo todo, estudando aquele texto, mas tem gente em volta torcendo para você não dar certo, é uma competição feroz. Ela estava sem energia por isso, pela competição. O sucesso, o protagonismo são para pessoas fortes, quem não é forte não aguenta”.

Betty garante que é uma mulher com os pés bem assentes na terra e não se deixa iludir. “Fico feliz quando gostam do meu trabalho, enquanto estiver viva quero fazer sempre o meu trabalho da melhor maneira possível, mas nunca me deslumbrei com propostas, com coisas», disse.

Ao longo dos seus 77 anos, a atriz disse que já sofreu várias deceções: “Eu não sou mulher de fazer de conta que está tudo bem , mas sobrevivi e estou aqui. Os homens mais velhos [atores] têm mais prestigio, têm mais papéis, mais possibilidades de personagens que as mulheres mais velhas, eu tenho muita sorte porque estou a trabalhar», referiu.

Betty revelou ainda: “A profissão de atriz não é um mar de rosas, temos o mel e o fel da vida, ser mãe deu-me muita força, tinha que criar os meus filhos”.

 

 

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